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Participação de 5% no PIB

Refinarias de metais preciosos podem gerar emprego e desenvolver economia nacional

Desenvolvimento do setor de refino de ouro e outros metais preciosos pode contribuir para o enfrentamento de crises econômicas no futuro


North Star, primeira refinaria de metais preciosos da região Norte, começará a operar neste ano. Foto: Divulgação

Da geração de empregos à produção de riquezas, a mineração é uma das atividades econômicas mais importantes do País, com participação de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O segmento tem responsabilidade no desenvolvimento social e tecnológico, contribui para a arrecadação tributária e também oferece produtos para os variados tipos de indústria, como a siderúrgica, a petroquímica, a metalúrgica e até as de fertilizantes e de insumos do agronegócio.

Porém, o mercado nacional, mesmo após longos anos de relacionamento comercial com outros países, ampliando a expertise com negócios envolvendo minérios, ainda sofre com a falta de infraestrutura e se fecha para outras oportunidades, devido à falta de refinarias. A possibilidade de refino dos metais no País abriria um novo leque de oportunidades e de desenvolvimento econômico, que poderia ser facilitado com as parcerias acordadas com o setor privado.

“As refinarias nos trariam a possibilidade de transformar o material bruto, aqui, em solo nacional, no material refinado, para ser utilizado nas diversas indústrias, inclusive internamente. Tecnologia, joalheria, financeira e bancária, várias seriam as indústrias beneficiadas. Você tem um material, um padrão de excelência, aceito internacionalmente e que já é uma certeza da qualidade daquele minério, não é mais uma dúvida do bruto, do que de fato vai ser encontrado dentro daquele material”, explicou Maurício Gaioti, presidente da North Star S.A, primeira refinaria de metais preciosos da região Norte, que começará a operar neste ano.

O material bruto extraído é cercado de incertezas que impõem certa insegurança ao investimento. É possível ter estimativas do valor a ser alcançado com aquele produto, mas não há garantias. Apenas a refinaria consegue atingir o grau de pureza e agregar àquele metal, já com grau elevado de refino, um padrão internacional, aceito nas diversas bolsas, bancos e cofres públicos.

“Isso permite uma verticalização, permite maior valor agregado e geração de emprego. Um emprego que está sendo gerado hoje lá fora. Então, essa é uma importância para economia brasileira, de agregar valor, gerar mais faturamento, gerar serviços, gerar também e crescimento da mão de obra especializada. Uma mão de obra com expertise no nosso setor, já que vai ter também a geração de emprego”, acrescentou.

O ouro puro, refinado, possui um lastro, e é certificado. Um banco central nunca vai comprar o material onde ele vai ter uma dúvida. E a refinaria é predominantemente utilizada para garantir a qualidade deste produto.

Refino

O primeiro passo em uma refinaria de ouro envolve pesar o lote de ouro extraído, que pode conter impurezas. Neste momento, o laboratório já retira amostras para que sejam realizados testes químicos com foco de estimar com alta precisão o resultado final do refino.

Posterior a este processo, a refinaria levará o metal para passar por processos de fundição e refino, para que as impurezas sejam separadas e o ouro possa atingir o seu grau máximo de pureza.

“Os pilares mais importantes da refinaria são a credibilidade, a transparência e a eficiência nos seus processos. Uma refinaria tem que ter um laboratório com profissionais extremamente capacitados e o investimento milionário em maquinário, que é necessário para se ter uma avaliação mais apurada possível do metal que vai ser refinado”, explicou Gaioti

Durante o processo final de purificação do ouro, a empresa vai pesar o metal e testá-lo para determinar o nível de pureza e garantir o seu teor de qualidade. Ouro puro obtém os preços mais elevados, mesmo que seja destinado à fabricação de ligas com outro metal. A refinaria pode vender para outras empresas como fornecedores de ligas metálicas, joalheiros e fabricantes de eletrônicos.

“Hoje, o que acontece é que o ouro passa por esse processo lá fora. E depois, de alguma forma, é trazido aqui para dentro, para poder fazer esses produtos acabados, de joalheria, tecnologia etc. Então, com refinarias aqui, você transforma o bruto em um insumo catalogado, padronizado, que dá o fomento para essas outras indústrias. Sem precisar ter o gasto do envio para o exterior. Entendemos que a nossa refinaria é a ponta de lança desse movimento, e da cadeia. Não somos nós que vamos fazer a joia, mas somos nós que vamos processar o produto extraído, gerando disponibilidade de um produto interno no país, com uma facilidade de logística, agilidade e qualidade”, comentou o executivo.


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