No próximo dia 15 de julho (6ª feira), Léo Jaime traz para o palco do Teatro Multiplan o show "Desplugado". Com esse projeto totalmente intimista, Leo Jaime se apresenta com reforço e direção musical do multi-instrumentista Guilherme Schwab. Se os tempos exigem novos protocolos, o show continua e se recria, aproveitando tudo de positivo que espaços menores proporcionam num encontro entre artista e público.
"É intimista que fala, né? Mas neste caso também significa um trabalho musical que vai além da mera transposição para o formato acústico. Sem reinventar a roda (de violão), mas estimulado por aberturas criativas e enriquecimentos harmônicos aqui e ali", conta Léo.
Os arranjos novos ressaltam delicadezas e a força de um repertório pra lá de consagrado. Dão um close certeiro na carpintaria pop de “Amor” (clássico lançado no álbum “Vida Difícil”, em 1986); “Fotografia” (parceria com Leoni); “Preciso Dizer Que Te Amo” (de Cazuza, Bebel Gilberto e Dé), que Leo registrou em seu álbum cult “Todo Amor”, de 1995; “Gatinha Manhosa”; e “Mensagem de Amor”, entre outras.
Schwab, que se destacou no grupo Suricato e na composição de trilhas sonoras, sabe trabalhar a “biodiversidade” acústica, investindo em dobro no weissenborn (aquele violão havaiano de colo, bem apreciado pelos fãs de Ben Harper), viola caipira e outros instrumentos, sempre bem timbrados. O hit “Só”, conhecido em sua roupagem doo wop, reaparece mais bluesy, com Leo ao violão e o toque de aço característico do dobro de Schwab. "Ficou mais próximo da forma como foi composta", conta Leo, que acaba de regravar a canção no estúdio de seu velho parça Nilo Romero, em uma fornada junto com “A Vida Não Presta” e “O Pobre” (todas produzidas pelo próprio Leo). As três músicas fazem parte do disco “Sessão da Tarde”, clássico que gerou sete super-hits radiofônicos e que está comemorando 35 anos de lançamento.
Como tudo isso é história, muita história, e o povo já vai estar sentado assistindo mesmo, o show inclui canções precedidas por causos e contextos sobre parceiros e inspirações. Uma delas é a impagável “Cozinho de Noite”, que Leo, aos 18 anos, teve a feliz petulância de mandar para o mutante Arnaldo Baptista, gerando uma parceria. Outra é “Solange”, versão de “So Lonely”, do The Police, feita para a então chefe da DCPC (Divisão de Censura às Diversões Políticas), Solange Hernandes, que demonstrava especial implicância com as obras do jovem Leo Jaime.
Também entra no formato “com história” o blues “Down em Mim”, uma das obras-primas de Cazuza e espantosamente, sua primeira composição. Leo, que teve o privilégio de ouvir a música antes de qualquer outra pessoa, aproveita para falar sobre sua relação com as origens e os early years do Barão Vermelho.
E tem muito mais: “O Pobre”, numa levada “Last Kiss” (hit do Pearl Jam, originalmente lançada em 1962 por Wayne Cochran & The C.C. Rider), “Rock Estrela” com trecho de “Come As You Are”, do Nirvana, e a rara ‘Eu Nunca Te Amei, Idiota”, composição de Alvin L (gravada inicialmente por sua banda Sex Beatles), recuperada há pouco na série #umapordia, que Leo publicou em sua conta no Instagram, no início da pandemia.
E no bis, é aquela coisa: mesmo desplugado, não tem como o povo não levantar, porque (sorry pelo spoiler) rola “Conquistador Barato”, “As Sete Vampiras” ou outro petardo à escolha.
Para mais informações do show é só acessar www.bileto.sympla.com.br
Dia: 15/07/22 (6ªfeira)
Horário: 20h (Horário de abertura 1:30h antes do espetáculo).
Local: Teatro Multiplan
Endereço: Shopping Village Mall - Av. das Américas, 3.900 – Barra da Tijuca
Valores: Ingressos entre R$80,00 e R$
250,00, de acordo com a localização.
Classificação: Livre
Capacidade limitada: 300 lugares