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Deixem Willian em paz!

Por Wilson Pimentel em 28/06/2018 às 23:21:13

(FOTO: Lucas Figueiredo/CBF)

O torcedor brasileiro é digno de estudo pelos cientistas da Nasa. O Brasil foi primeiro no em seu grupo, está classificado para as oitavas de final, Neymar está recuperado de lesão, Phillipe Coutinho está jogando o fino da bola, Alemanha eliminada, Argentina sofreu para avançar, mas mesmo assim encontram motivos para serem chatos. É preciso ter um bode expiatório. É isso em todo ano de Copa do Mundo.Fora a falta de respeito e educação ao chamar nas redes sociais alguns jogadores de "câncer, lixo, merda, verme", entre outros sentimentos desprezíveis. Tenho vergonha desses torcedores!

Parece que o verbo "estar" não existe no vocabulário do brasileiro. Não existe a condição "jogador A ou B está mal", ou o atleta "é bom ou ruim", não há meio termo.

Mas, diferentemente do Inglês onde o verbo "to be" pode ser usado tanto para o verbo "ser" quanto para o verbo "estar", no Português esses verbos têm significados completamente diferentes. Resumindo, quando dizemos: "Willian não acerta um passe, ele está muito mal no jogo."

Queremos dizer algo completamente diferente: "Willian não acerta um passe, ele é muito ruim."

Para quem não consegue entender a diferença entre as duas frases, vou dar uma pequena explicação.

Na frase: "O Willian não acerta um passe, eles está muito mal", levamos em conta todo o passado do jogador, o futebol apresentado por ele no Chelsea, Corinthians, Shakthar Donetsk, que fez com que ele conquistasse seu espaço dentro da seleção chamasse a atenção de grandes clubes europeus como Manchester United e Manchester City. Levamos em conta também todo o ano de 2016, onde ele foi um dos principais jogadores da Seleção Brasileira e entendemos que isso é uma fase e que mais cedo ou mais tarde ele voltará a jogar bem.

Agora na frase: "Willian não acerta um passe, ele é muito ruim", esquecemo-nos de tudo o que passou para concentrarmos apenas no momento atual, acreditando que isso jamais mudará.

Willian é inteligente e diferenciado. Está cumprindo exatamente o papel designado por Tite. É peça de confiança do treinador e vem contribuindo na base que permite dar liberdade para Phillipe Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar.

Mesmo assim, o trabalho de Willian não é apreciado por parte da imprensa. O esquema tático está traçado e todos os jogadores cumprem fielmente suas funções. Querem transformá-lo na nova enceradeira da seleção brasileira. Falta caráter para algumas pessoas, e é muito cruel criar um personagem em cima de um jogador.Taticamente, ele é um monstro!

Willian não é vaidoso, não precisa da imprensa para se promover e nem de holofotes em cima dele. O futebol apresentado ao longo de sua carreira fala por si só.

Pra cima do México, Willian!

CURTINHAS:

REENCONTRO: Tite e Juan Carlos Osório, quando Osório treinava o São Paulo e Tite o Corinthians. Na ocasião, Tite precisou de um segundo goleiro para evitar a derrota. A partida terminou 1 a 1, com o lateral-esquerdo Uendel evitando um gol do São Paulo, nos acréscimos, com as mãos. Se houvesse árbitro de vídeo na época, certamente um pênalti teria sido marcado.

VISÃO ALÉM DO ALCANCE: Tite promoveu uma força tarefa para conseguir o máximo de informações de todas as seleções que disputam a Copa do Mundo. Para isso, convocou o centro de inteligência de clubes das Séries A e B do Brasil. Na primeira fase, o grêmio ficou responsável pela Suíça, o Avaí pela Costa Rica e o Sport pela Sérvia. Já o Fluminense tem a missão de abastecer o treinador com informações do México.

ACHISMO: Cléber Xavier, auxiliar técnico da Seleção Brasileira, está há quase 18 anos trabalhando junto com Tite. Ele é um baita profissional. Tem excelentes conceitos táticos, técnicos e físicos. Após a Copa do Mundo, poderia acreditar mais no seu conhecimento sobre o futebol e projetar a sua carreira de técnico.

TRABALHO EM EQUIPE: Tite sempre um integrante da sua comissão técnica para as coletivas e insiste para que sejam acionados pelos jornalistas. Ele faz questão de dizer que o trabalho na seleção é feito em equipe. Matheus Bachi, filho do técnico, cuida das bolas paradas, enquanto Sylvinho trabalha o setor defensivo. Já o ataque fica por conta de Cléber Xavier.

CASCALHO: A CBF conseguiu liberação dos US$ 100 milhões da FIFA de legado da Copa do Mundo de 2014. O dinheiro estava bloqueado pela entidade. A verba será aplicada no futebol de base e no desenvolvimento do futebol feminino no Brasil.

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