PM e ex-quatro paraquedistas fazem parte de quadrilha de tráfico de armas e munições

Um PM e quatro ex-paraquedistas do Exército fazem parte da quadrilha de tráfico de armas e munições que é alvo de uma operação conjunta da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ). A ação foi realizada nesta segunda-feira (3). Onze pessoas já foram presas. Foram apreendidos celulares, duas pistolas, cigarros contrabandeados, documentos;, computadores e cinco veículos de luxo roubados/clonados.

Um PM e quatro ex-paraquedistas do Exército fazem parte de uma quadrilha de tráfico de armas e munições, foram presos, nesta segunda-feira, durante operação conjunta da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ). Onze pessoas já foram presas. Também foram apreendidos celulares, duas pistolas, cigarros contrabandeados, documentos, computadores e cinco veículos de luxo roubados/clonados.

O inquérito policial, conduzido pela Desarme, identificou e indiciou cerca de 20 pessoas integrantes de uma grande organização criminosa que atua em diversos estados da federação e foi responsável pelo envio de milhares de munições e centenas de armas de fogo do Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro nos últimos meses.

O policial envolvido é Thiago Soares Andrade Silva, conhecido como Batata, do 14º BPM (Bangu), que está foragido. Estão sendo procurados também os quatro ex-militares, identificados como Bruno Jeronimo Guerra, Gabriel de Lima Nunes, Leonardo Santos Carvalho, que já foi preso em 2014 e 2016 por tráfico de armas e munição, e Denis Vale de Aguiar.

Segundo as investigações, Thiago, Leonardo e Denis são apontados como os principais líderes da organização ao lado de Roger dos Santos Macedo, que acabou preso no Recreio dos Bandeirantes. Investigadores apontam que Roger era responsável por receber os grandes carregamentos e também por encomendas de armas e munição de uso restrito.
Também foi preso o ex-policial militar Bruno Drummond que, segundo a polícia, alugou um carro e emprestou para Denis fazer o transporte da carga bélica.

Os outros presos são Valdisnei Ederson Alves, Moacir Teixeira de Freitas, Sidnei Cleber Alves, Kleverson Antunes, Vinicius Soares da Silva, Marcio Antonio da Silva e Gabriel de Lima Nunes.

No Rio, ações ocorreram em Bangu, Catiri, Realengo, Cosmos, Recreio, Vargem Grande, na Zona Oeste da capital, Cabo Frio e Seropédica.

De acordo com as investigações, o bando chegava a fazer viagens semanais e traziam essas armas e munições para as principais facções do Rio, independente da rivalidade entre elas. Os integrantes da quadrilha traziam as armas e munições para quem ofertasse mais, não tinham preferência por facção. Em cada viagem, eles traziam de 6 a 11 mil munições.

A suspeita é que o material vinha do Paraguai. O armamento trazido abastecia tanto traficantes de drogas quanto milicianos, que disputam o controle de comunidades no Rio.

Essa ação é desdobramento de uma investigação sigilosa da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que durou mais de um ano, sobre inúmeras apreensões de armas e munições realizadas em conjunto pela PRF e pela Desarme no estado.

A Desarme conseguiu vincular ao grupo criminoso grandes apreensões de armas e munições ocorridas em Itaguaí, Seropédica e Itatiaia, no Estado do Rio de Janeiro, e ainda trabalha para reunir elementos que apontem para outros crimes que podem ter sido praticados pela organização criminosa.

Participaram da operação 100 agentes da Polícia Civil e 50 PRFs no Estado do Rio de Janeiro, além de 30 Policiais Civis e 30 PRFs no Mato Grosso do Sul.