Terminou sem acordo a audiência de conciliação realizada nesta terça-feira (26/7) pela 2ª Vara Cível do Fórum Regional da Barra da Tijuca, reunindo Hiran de Santana Alves, famoso influenciador do Instagram conhecido como Luva de Pedreiro, e seu ex-empresário Allan Jesus. Foram apresentadas três propostas de acordo, mas nenhuma delas foi aceita.
O advogado de Hiran justificou a ausência do cliente, alegando que ele estava impossibilitado de comparecer por estar cumprindo compromisso profissional. Assim, a juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro ouviu apenas o depoimento do ex-empresário, que deu sua versão dos fatos.
Hiran, por intermédio do advogado, apresentou proposta para o pagamento integral a Allan do valor dos contratos celebrados até 21 de junho desse ano, com a condição de renúncia de Allan a multa contratual, bem como a transferência das empresas criadas para a marca “Luva de Pedreiro/Hiran” para o influenciador. Os advogados do ex-empresário apresentaram contraproposta para pagamento do valor de R$ 20 milhões, incluindo neste total a multa.
Pelo juízo foi apresentada a proposta para pagamento dos contratos celebrados até 21 de junho desse ano, sendo 50% para Allan e 50% para Hiran, além de pagamento de multa para Allan no valor de R$ 5 milhões e transferência das empresas para Hiran, com o pagamento de todos os gastos para sua criação que tiverem sido arcados por Allan. Como não houve acordo, a juíza encerrou a audiência para dar seguimento ao processo.
Jesus exige metade dos ganhos, na passagem de 200 mil para 16 milhões de seguidores
Em seu depoimento durante a audiência, Allan disse que em fevereiro desse ano resolveu investir na carreira Hiran, após observar seu potencial. Relatou que Hiran tinha duzentos mil seguidores no Instagran e um milhão no TikTok. Assim, firmou contrato estipulando que cada um teria direito a 50% dos ganhos. Explicou que projetava a carreira para Hiran a médio e longo prazos, tendo investido para que ele crescesse nas redes sociais, inclusive inaugurando um canal no Youtube, uma página no Facebook e outra no Twitter.
Segundo o depoimento, Allan afirmou que Hiran sempre teve acesso à internet sem qualquer senha, que participava de lives pelo autor em rede, resultando no crescimento de duzentos mil seguidores para 16 milhões, em três meses de trabalho desenvolvidos por ele.
Considerando Hiran “o maior case de sucesso do Brasil”, por ter faturado, em menos de quatro meses, dois milhões de reais, Allan disse que foi surpreendido, no dia 21 de junho, ao encontrar nova equipe assessorando Hiran, tendo sido obrigado a passar as senhas das redes sociais.
Processo nº 0815260-68.2022.8.19.0209
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro