Pelo menos 200 profissionais aprovados no último edital do Mais Médicos desistiram de atuar no programa. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Ministério da Saúde. Os médicos desistentes apresentaram variadas justificativas para não se apresentarem nos municípios para os quais haviam sido designados.
Convite para atuar em residências médicas, incompatibilidade de horários ou simplesmente problemas pessoais foram as causas mais apresentadas pelos médicos que, depois de terem sido aprovados no processo seletivo aberto para preencher as vagas deixadas pelos colegas cubanos, desistiram de atuar no Mais Médicos. De acordo com o Ministério da Saúde, até às 18h desta terça-feira (4), das cerca de 8.500 vagas deixadas pelos cubanos, 8.405 já haviam sido preenchidas por médicos brasileiros ou que possuem registro profissional no Brasil. No entanto, desses 8.405 já selecionados, apenas 3.276 se apresentaram nos postos de trabalho.
Para preencher as mais de 200 vagas deixadas pelos médicos que já avisaram que não vão se apresentar nos municípios para os quais foram designados, o Ministério do Trabalho precisou publicar uma alteração no edital, que segue aberto para as inscrições até a próxima sexta-feira (7). Através de nota publicada no site da pasta, o Ministério informou que vai alterar o edital sempre que outros médicos já aprovados desistam do programa. O prazo para que os profissionais se apresentem em seus respectivos postos de trabalho termina no dia 14 de dezembro. À partir desta data, será feito um balanço para verificar se as 8.500 vagas deixadas pelos médicos cubanos foram preenchidas. Caso não tenham sido, um novo edital será aberto, desta vez contemplando médicos estrangeiros, inclusive os cubanos que ainda querem permanecer trabalhando aqui no Brasil.