O Instituto Nacional de Câncer (INCA) deu um passo histórico para a oncologia brasileira. Foi assinado, em 14 de novembro, contrato entre o Ministério da Saúde, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o INCA para a estruturação de um complexo de excelência, centralizando as 18 unidades do Instituto no Rio de Janeiro em um campus integrado. Esse projeto, há muito esperado pela instituição, marca o início de uma nova era para o INCA, com um investimento previsto de R$ 1,1 bilhão.
O novo campus não será apenas uma instalação de alta complexidade em assistência, ampliando capacidade de atendimento e modernizando os serviços oferecidos, mas também um pólo de desenvolvimento científico e inovação tecnológica.
Serão construídos três novos edifícios em um terreno adjacente ao prédio-sede do Instituto (que ganhará retrofit), na Praça Cruz Vermelha, no Centro do Rio, cedido pelo governo do estado do Rio de Janeiro.
O complexo vai possibilitar redução significativa de despesas, hoje replicadas nos diversos endereços do INCA, além de ampliar a oferta de serviços, como leitos de internação, de terapia intensiva e semi-intensiva, salas cirúrgicas e poltronas de quimioterapia.
“Essa é uma ideia inovadora, de ex-diretores da instituição, que foi retomada com empenho pelo nosso diretor-geral, Roberto Gil, por meio do Ministério da Saúde e com a parceria do BNDES. Teremos, agora, a oportunidade de entregar aos usuários do SUS um complexo que irá transformar nossa atuação”, comemorou o diretor-geral substituto do INCA, João Viola.
Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o projeto reforça o compromisso da pasta com a saúde pública e o desenvolvimento nacional.
“Esse é um marco na política para o controle do câncer. Além de integrar assistência, ensino e pesquisa, o modelo permite aliar recursos do Novo PAC e apoio privado, como o do BNDES, para entregar um serviço público de excelência”, disse.
Esta é a primeira parceria entre instituições públicas e privadas na área da saúde e prevê a construção de um novo prédio, reforma do atual e prestação serviços não assistenciais para até 450 leitos. Os serviços assistenciais continuarão sob responsabilidade dos servidores públicos, com atendimento gratuito, sob gestão do Ministério da Saúde.
“A parceria permitirá ao INCA ter infraestrutura hospitalar de maior qualidade e com melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde e de atendimento à população, com aumento na oferta de leitos de internação. Além disso, resultará em benefícios para o sistema de saúde, como otimização de recursos, redução de custos, unificação de múltiplos contratos, modernização das instalações e criação de sinergias operacionais”, observou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.