Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Adiada ou cancelada?

Paes suspende demolição de casarão centenário em Botafogo, pelo menos até domingo

Prefeito também determinou que órgão responsável pelo Patrimônio municipal defina valor imaterial referente à área edificada


Disputa judicial se estendeu às redes sociais. Foto: Facebook

A anunciada demolição de um casarão antigo, de 1915, na Rua Visconde Silva, 152, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio, não irá mais acontecer. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, embargou a derrubada do imóvel. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município, na última quinta-feira (4), com a suspensão da obra pelo prazo de 72 horas. A medida atende à reivindicação de moradores, revoltados com a possível demolição da edificação.

Paes ainda determinou que o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), órgão da Prefeitura, apresente avaliação sobre o valor imaterial do imóvel. Neste caso, o prazo é de 48 horas. O embargo ocorreu após moradores e representantes da sociedade civil protestarem nas redes sociais, como a Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (Amab), Instituto Rio Antigo e Associação dos Moradores do Humaitá. O caso ganhou repercussão após uma placa de aviso da demolição ser instalada no último fim de semana.

Nos últimos anos, o imóvel abrigou um restaurante de comida mineira e entre os anos de 1970 e 1980, foi sede da empresa Maria Teresa Weiss, uma das maiores fabricantes e vendedoras de picolés das praias do Rio há 30 anos. Foi comprado pela construtora Soter, de Niterói. O imóvel não era tombado e teve sua demolição autorizada pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico.

A suspensão da demolição teve repercussão nas redes sociais, com opiniões favoráveis e contrárias. “Chega de prédios e construções absurdas. O bairro de Botafogo não está preparado pra isso. A fiação, o esgoto, a água, ruas, não tem estrutura para mais nada”, comentou um internauta.

“Absurdo impedir a demolição. O Rio Antigo e a associação não estão aptos a dar nenhuma opinião, pois nunca apareceram para preservar ou ajudar a conservar a casa. A verdade é que durante 2 meses a casa foi invadida diariamente por usuários de crack, que ficavam a noite inteira quebrando tudo e arrancaram tudo, até os fios da elétrica da casa. Aonde estavam o Rio Antigo e a associação de moradores para ajudar? Nem sabiam que a casa existia. Perguntem aos prédios vizinhos, o terror que foram as noites de invasões, quebradeira geral dentro da casa até de manhã. Aquilo ali vai virar uma Cracolândia se não for demolido. O proprietário foi a falência por débitos deixados, o imóvel foi penhorado por falta de pagamento de IPTU e outras taxas”, disse outra.

Procurada, a Soter Engenharia preferiu não comentar o embargo da obra.

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!