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Popular pelo combate à Covid-19, Margareth Dalcolmo entra para a Academia Nacional de Medicina

Quinta mulher na ABM, fundada no tempo de Dom Pedro I, pneumologista une clínica e pesquisa de ponta

Por Portal Eu, Rio! em 12/08/2022 às 10:00:39

A pesquisadora da Fiocruz e pneumologista Margareth Dalcolmo foi eleita, na noite de quinta-feira para ocupar a cadeira de número 12 da ANM. Foto AFN Peter Ilicciev

A pesquisadora da Fiocruz e pneumologista Margareth Pretti Dalcolmo foi eleita, na noite desta quinta-feira (11/8), para ocupar a cadeira de número 12 da Academia Nacional de Medicina (ANM). Popularmente conhecida por suas mais de 500 intervenções nas emissoras de TV e rádio e nos jornais nos últimos dois anos, período em que esclareceu dúvidas e informou sobre a pandemia de Covid-19 de maneira clara e objetiva, Dalcolmo é a quinta mulher a se tornar membro da ANM. Dona de uma sólida carreira acadêmica, ela é hoje uma referência nacional na medicina e na ciência.

A pneumologista recebeu 69 votos dos 80 membros da ANM que votaram. O ocupante anterior da cadeira era o médico pediatra Azor José de Lima, que foi professor-emérito da UniRio, falecido em agosto de 2020. A Academia é constituída de membros votantes titulares e eméritos, que ocupam 100 cadeiras, contando ainda com honorários nacionais, internacionais e correspondentes.

Presidente da Sociedade de Pneumologia, Dalcolmo aconselha OMS e Banco Mundial

Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dalcolmo é pesquisadora sênior da Fiocruz e foi eleita presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o período de 2022 a 2024. A pneumologista é membro das sociedades brasileiras de Pneumologia e Tisiologia e de Infectologia, da REDE TB de Pesquisa em Tuberculose e do Steering Committee do Grupo RESIST TB da Boston Medical School. Ela integra o Grupo de Peritos para aprovação de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde - OMS (Expert Group for Essential Medicines List), reconduzida em mandato até 2026, e faz parte do Regional Advisory Committee do Banco Mundial para projetos de saúde na África Subsaariana em tuberculose e doenças respiratórias ocupacionais. Tem mais de 100 artigos científicos publicados no Brasil e no exterior.

Ela é a investigadora principal dos ensaios clínicos SimplicTB da Global Alliance for Tb Research; do Brace Trial para vacina BCG para prevenção da Covid-19; do estudo fase 3 para uso do Molnupiravir para Covid-19; e do estudo de fase 3 para o Favipiravir para Covid-19. Docente da pós-graduação da PUC-RJ, Dalcolmo é membro e ex-coordenadora da Câmara Técnica de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).

Dalcolmo também recebeu títulos e premiações. Entre eles o de Mulher do Ano da revista ELA do jornal O Globo; o Personalidade do Ano da Arquidiocese do Rio de Janeiro; o Prêmio Doutora Nise da Silveira da Prefeitura do Rio de Janeiro; o 20 Mulheres de Sucesso da revista Forbes; e o Personalidade do Ano de O Globo.

Em dezembro de 2021, ela lançou o livro Um tempo para não esquecer – A visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde, pela editora Bazar do Tempo. A obra, que reúne artigos escritos semanalmente para O Globo, é uma espécie de diário que documenta a visão da ciência em sua missão humanista. “Com sua defesa clara e eloquente do recurso às melhores evidências científicas para a definição de políticas públicas capazes de fazer o país superar a grave crise sanitária, social e humanitária causada pela pandemia, a autora nos convida a trilhar caminhos de renovação de um projeto generoso para o futuro da saúde e da sociedade”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, no lançamento do livro.

ANM debate Saúde às quintas, em sessão aberta ao público, desde o tempo de Dom Pedro I

Fundada no Rio de Janeiro sob o reinado do imperador Dom Pedro I, em 30 de junho de 1829, a ANM mudou de nome duas vezes, mas seu objetivo mantém-se inalterado: o de contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia, saúde pública e ciências afins, além de servir como órgão de consulta do Governo brasileiro sobre questões de saúde e de educação médica.

Desde a sua fundação, seus membros se reúnem toda quinta-feira, às 18h, para discutir assuntos médicos da atualidade, numa sessão aberta ao público. Esta reunião faz da Academia Nacional de Medicina a mais antiga e única entidade científica dedicada à saúde a reunir-se regular e ininterruptamente por tanto tempo. A Academia também promove congressos nacionais e internacionais, cursos de extensão e atualização e, anualmente, distribui prêmios para médicos e pesquisadores não pertencentes aos seus quadros.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

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