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Estado do Rio concentra um cada dez dos brasileiros que passam fome

Renda básica e investimento em agricultura familiar são duas das principais propostas da Comissão da Alerj para Enfrentamento à Miséria

Por Portal Eu, Rio! em 16/08/2022 às 09:43:50

Investimento em agricultura familiar, para além da subsistência, é uma das principais medidas sugeridas pela Alerj para tirar o Estado do Rio do Mapa da Fome. Foto: Ascom IBGE



A presidente da Comissão Especial de Enfrentamento à Miséria da Alerj, deputada Renata Souza (PSOL-RJ), apresentou, nesta segunda-feira (15/8), o Relatório Final com 25 propostas de soluções para a fome, o desemprego, o déficit de moradia e de saneamento básico, entre outras expressões da pobreza extrema no estado. Com 227 páginas, o relatório traz ainda o contexto histórico do problema e as circunstâncias sob as quais o Rio de Janeiro concentra 10% dos 33 milhões de brasileiros que não têm o que comer, além de apresentar o acúmulo de conhecimento obtido em cinco audiências públicas e 13 visitas técnicas a municípios da Baixada e do interior, assim como de favelas da capital.

Ouça no podcast do Eu, Rio! o depoimento da presidente, Renata Souza (PSOL), sobre as visitas e audiências da Comissão de Enfrentamento da Miséria da Alerj para diagnosticar o problema e propor soluções para tirar o Estado do Rio do Mapa da Fome.

“Todo esse trabalho nos permitiu comprovar a extrema gravidade das condições de vida no Estado do Rio. Não inventamos a roda, elaboramos essas propostas de soluções com base no esforço dos que vieram antes, pois o problema é antigo e há 70 anos de acúmulo de conhecimento nesse campo. Betinho já afirmava em 1993, quando também havia 32 milhões de famintos no Rio, que o problema da fome é a política. Então a solução também terá de ser política. E o que falta é mesmo vontade política para a superação efetiva da miséria que se expressa em fome, desemprego, na falta de moradia e de saneamento básico, na precariedade da saúde e da educação, e na própria violência armada do Estado", explicou Renata Souza, ao trazer a necessidade do combate ao retrocesso nos últimos quatro anos, depois de um período em que o país e o estado haviam sido retirados do mapa da fome.

“Não tem como ignorarmos que este Rio de Janeiro que enfrenta a miséria e a fome é o mesmo estado dos escândalos de mais de 25 mil cargos fantasmas e que é campeão em chacinas promovidas pelo próprio Estado nos territórios da extrema pobreza. Essa realidade revela o fracasso do bolsonarismo em seu berço de origem”, afirmou a deputada.

Apoio a agricultores sem-terra tem potencial para gerar muitos frutos no combate à fome e à pobreza extrema

Para acabar com a fome, além do investimento em políticas como a renda básica e a agricultura familiar, o relatório demonstra que depende apenas de vontade política para a execução de políticas públicas para garantir trabalho decente, moradia digna, água potável e tratamento de esgoto, segurança pública em defesa da vida, saúde e educação, enfim, tudo aquilo que diz respeito à garantia da dignidade humana. Além de Renata Souza como presidente, a Comissão teve a deputada estadual Enfermeira Rejane como vice, Flavio Serafini como relator, Zeidan, Martha Rocha e Waldeck Carneiro como membros.

Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Ascom Comissão de Enfrentamento à Miséria/Alerj

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