River é tetracampeão da Libertadores 2018 em cima do rival Boca Juniors

Foi um jogo com todos os ingredientes de um superclássico. A maior rivalidade Argentina numa final inédita da Copa Libertadores jogando fora de casa por confusão criada por vandalismo no jogo de volta no Monumental. Mas nos momentos do confronto em nada foi lembrado o extracampo. A partida realizada neste domingo (9), às 17h30, no estádio Santiago Bernabéu, terminou com o River Plate campeão da competição continental, num placar de 3 a 1 contra o Boca Juniors. A vitória foi de virada com Barrios expulso na prorrogação. Benedetto fez o primeiro gol para o Boca. Lucas Pratto, Quintero e Pity Martínez decidiram para o River. 

Boca abriu o placar e foi melhor na etapa inicial 

Com o estádio Santiago Barnabéu lotado, a grandeza do jogo foi preservada. Um superclássico argentino em Madrid. Mas com menos de um minuto a promessa já era de confronto acirrado. Falta forte de Enzo em Pablo Pérez, que ficou sentindo. E na sequência uma sucessão de pancadas de ambos os lados até o próprio Pérez chegar com perigo pela primeira vez no confronto, aos dez minutos, para defesa de Armani.

A partida que seria de torcida única na Argentina, sendo a segunda, na casa do River Plate, acabou tendo as duas torcidas na Espanha. Dando ao Boca Juniors a oportunidade de cantar mais alto nas arquibancadas madrilenas. Principalmente aos 29 minutos do primeiro tempo, com uma falta frontal marcada pelo arbitro. Benedetto cobrou, bateu na barreira, sobrou para Pérez e foi para fora no final da jogada. 

Aos 40, um contra-ataque perfeito do River acabou desperdiçado por Martínez. O jogo estava lá e cá, com intensidade e beleza na disputa. Mas após novo desperdício no ataque do River, Boca veio também no contra-ataque, só que mortal. Foi aos 44 minutos, quando Nandez deu um excelente passe para Benedetto, que limpou a marcação e tocou na saída do goleiro Armando. Gol do Boca. 

River dominou o segundo tempo, mas não decidiu

O River voltou do intervalo mais intenso, correndo atrás do prejuízo. Atacando mais e levou perigo logo aos três minutos. Pratto escorou para Nacho, que bateu forte de canhota e a bola passou perto do destino desejado. Em outra jogada, Andrada chegou a defender. E aos dez minutos, goleiro do Boca sofreu uma falta de Pratto, que atingiu o goleiro com o joelho. Árbitro  marcou, mas ficou tudo bem com o defensor. 

E nesta etapa final, o River vinha dominando o jogo, com sete finalizações contra duas do Boca, quando novamente se sobressaiu o talento de Lucas Pratto. Nacho tabelou com Palacios que rolou para o camisa 27 não perder a oportunidade e colocar a bola dentro das redes. Empate, euforia e emoção da equipe que veste branco e vermelho no empate aos 22 minutos . 

Só então o Boca começou a reagir. Aos 31 minutos, o uruguaio Andres Cunha marcou jogo perigoso do River, cobrança em dois toques. O que seria uma chance de voltar à frente, mas o chute bateu na barreira. 

Expulsão de Barrios e virada do River na prorrogação 

Com o empate em 1 a 1 no tempo regulamentar, o jogo foi para a prorrogação. Logo no primeiro minuto Barrios levou o segundo cartão amarelo por falta dura em Palacios. Colombiano foi expulso e deixou o Boca no sufoco com um jogador a menos. O River passou a mandar no jogo novamente com superioridade numérica e time mais inteiro fisicamente. Foi emoção pura. Boca se defendendo do jeito que dava. 

Mas outro colombiano, do River, fez o gol da virada aos três minutos da segunda etapa da prorrogação. Quintero marcou e virou para o River. Explode a torcida milionária. 2 a 1 no placar. Aos 12, Gago deixa o campo machucado. Aumenta a aflição do Boca que fica com 9 jogadores. O goleiro Andrada inclusive extrapolou. Foi também para o ataque e deixou o  gol vazio a maior parte dos minutos finais. 

Com valentia o Boca tentou até o fim empatar e quase conseguiu. Aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, Jaras chuta com desvio e a bola vai na trave. Andrada continuou no ataque e aos 16, no contra-ataque de um escanteio, após passe de Quintero, Pity Martínez dispara sozinho e coloca a bola nas redes. Era o gol da confirmação. River Plate campeão da Taça Libertadores da América 2018 com o placar de 3 a 1 sobre o adversário. 

FICHA TÉCNICA
RIVER PLATE 3 X 1 BOCA JUNIORS

Local: Estádio Santiago Bernabéu, em Madri (Espanha)
Data: 9 de dezembro de 2018 (Domingo)
Horário: 17h30(de Brasília)

Gol: Benedetto (44/1T) para Boca Juniors e Lucas Pratto (22/2T), Quintero (3/2TP) e Pyti Martínez (16/2TP) para River Plate

Árbitro: Andres Cunha (Uruguai)
Assistentes: Nicolás Tarán (Uruguai) e Mauricio Espinosa (Uruguai)

Cartão Amarelo: Maidana, Casco, Ponzio e Fernandez (River); Tevez, Barrios e Pablo Perez (Boca)

Cartão Vermelho: Barrios (Boca)

RIVER PLATE: Franco Armani, Gonzalo Montiel Jonatan Maidana, Javier Pinola e Milton Casco; Ignacio Fernández, Leonardo Ponzio, Enzo Pérez e Exequiel Palacios; Gonzalo ‘Pity’ Martínez e Lucas Pratto
Técnico: Marcelo Gallardo

BOCA JUNIORS: Esteban Andrada, Leonardo Jara, Carlos Izquierdoz, Lisandro Magallán e Emmanuel Más; Agustín Almendra, Wilmar Barrios, Fernando Gago; Ramón Ábila, Mauro Zárate e Cristian Pavón (Benedetto)
Técnico: Guillermo Barros Schelotto