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Prévia da inflação oficial de agosto, IPCA-15 cai 0,73%, mais baixo índice desde 1991

Na contramão da energia elétrica, da gasolina e do etanol, leite longa vida foi o item que mais encareceu em agosto

Por Portal Eu, Rio! em 24/08/2022 às 09:44:03

Com queda de 16,80%, a gasolina teve influência decisiva na taxa de -0,73% do IPCA-15 - Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

Influenciado pela queda nos preços da energia elétrica e dos combustíveis, em particular da gasolina e do etanol, e , o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em -0,73% em agosto, após variação de 0,13% em julho. Foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em novembro de 1991.

Apesar da queda recorde, os preços de Alimentação e bebidas (1,12%) e Saúde e cuidados pessoais (0,81%) continuaram subindo. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,02% e, em 12 meses, de 9,60%, abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2021, a taxa foi de 0,89%. Os dados foram divulgados hoje (24) pelo IBGE.

A queda nos preços dos combustíveis (-15,33%) foi causada não só pela gasolina, mas também pelo etanol (-10,78%), gás veicular (-5,40%) e óleo diesel (-0,56%). Dentro do grupo transportes, outro subitem com intensa variação negativa foram as passagens aéreas (-12,22%), após subirem quatro meses consecutivos. No lado das altas, os veículos próprios (0,83%) continuaram subindo: motocicleta (0,61%), automóvel novo (0,30%) e automóvel usado (0,17%).

Alimentação e Bebidas, na contramão dos combustíveis e da energia, foram grupo que mais pressionou prévia da inflação

Houve variações negativas em três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. A queda da gasolina (-16,80%) influenciou o resultado do grupo dos transportes, que teve a maior variação negativa (-5,24%) e o maior impacto negativo, de -1,15 ponto percentual (p.p.). Já a maior variação positiva veio de alimentação e bebidas (1,12%), influenciada principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida (14,21%), maior impacto individual positivo no índice do mês, com 0,14 p.p.


Leite Longa Vida foi o item que mais pressionou a prévia da inflação oficial, com alta de 79,79% no ano

Em contraponto às quedas, a alimentação (1,12%) continuou em alta. O resultado foi influenciado pelo aumento do leite longa vida, que acumula no ano variação de 79,79%. Outros destaques no grupo foram as frutas (2,99%), que também haviam subido em julho (4,03%), o queijo (4,18%) e o frango em pedaços (3,08%). Com isso, a alimentação no domicílio variou 1,24% em agosto.

A alimentação fora do domicílio também teve alta de 0,80% em agosto, desacelerando em relação ao mês anterior (1,27%). Tanto o lanche (0,97%) quanto a refeição (0,72%) tiveram variações inferiores às registradas em julho (de 2,18% e 0,92%, respectivamente).

A variação positiva registrada em Saúde e cuidados pessoais (0,81%), influenciada pelos planos de saúde (1,22%), correspondente à fração mensal do reajuste de 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio para os planos novos. Além disso, os itens de higiene pessoal aceleraram de 0,67% em julho para 1,03% em agosto.

O grupo educação (0,61%) também teve alta. Os cursos regulares subiram 0,52% principalmente por conta dos subitens creche (1,47%), ensino fundamental (0,71%) e ensino superior (0,44%). Os cursos diversos registraram alta de 1,18%, cuja influência veio dos cursos de idiomas (2,15%) e cursos preparatórios (2,04%). Já as despesas pessoais (0,81%) apresentaram variação próxima a do mês anterior (0,79%).

Já a variação negativa no grupo habitação (-0,37%) está relacionada ao recuo nos preços da energia elétrica residencial (-3,29%), devido à redução em vários estados da alíquota de ICMS cobrada sobre esse serviço. Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou revisões tarifárias extraordinárias de diversas distribuidoras que operam em áreas de abrangência do índice, reduzindo as tarifas a partir de 13 de julho. As áreas registraram variações que foram desde -16,18% em Recife - onde o ICMS foi reduzido de 25% para 18% e houve retirada da incidência sobre os serviços de transmissão e distribuição - até 2,96% em São Paulo, onde foi aplicado um reajuste de 10,43% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas, em vigor desde 4 de julho.

Comunicação (-0,30%) também ficou em queda. O destaque ficou com os planos de telefonia fixa e de telefonia móvel, cujos preços caíram 2,29% e 1,04%, respectivamente, em agosto. Por sua vez, os aparelhos telefônicos registraram alta de 0,57%, após queda de 0,52% em julho.

Fonte: IBGE

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