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Operação Dinastia está nas ruas contra milícia de Zinho, maior grupo paramilitar do Estado do Rio

Polícia Federal busca cumprir 23 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão; um chefe do bando foi preso em Gramado

Por Portal Eu, Rio! em 25/08/2022 às 07:47:43

Oito milicianos do grupo de Zinho foram presos na Operação Dinastia, acusados de assassinatos contra grupo rival de Tandera. Fotos: Portal dos Procurados

O Ministério Público do Rio, através do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e o Grupo de Investigações Sensíveis (GISE/FACÇÕES), da Coordenadoria Geral de Polícia de Repressão a Drogas, Armas e Facções Criminosas da Polícia Federal cumprem, na manhã desta quinta-feira (25/08), mandados de prisão e de busca e apreensão contra milicianos integrantes da quadrilha chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como “Zinho”, que atuam na zona oeste da Capital e na Baixada Fluminense. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado do TJRJ. Oito pessoas foram presas, inclusive uma em Gramado (RS).

Na ação de hoje, cerca de 120 (cento e vinte) policiais federais cumprem 23 (vinte e três) mandados de prisão temporária e 16 (dezesseis) mandados de busca e apreensão, todos na Zona Oeste da capital fluminense, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Especializada no Combate ao Crime Organizado da Capital. É a operação Dinastia, que tem como objetivo desarticular organização criminosa formada por milicianos com atuação na Zona Oeste do Rio. O nome faz menção ao parentesco entre Zinho e Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe do bando até a morte em confronto com policiais.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional com o balanço parcial da Operação Dinastia, que visa golpear a milícia chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.

As investigações revelaram um esquema de extorsão, posse e porte de armas de fogo de uso permitido e de uso restrito (fuzis), comércio ilegal de armas de fogo, corrupção ativa de agentes das Forças de Segurança, além de diversos homicídios, que são incessantemente planejados e executados pelos milicianos em face de criminosos rivais, que integram a milícia comandada por Danilo Dias, conhecido como “Tandera”.

Os elementos de prova arrecadados até o momento evidenciam uma matança generalizada que é fomentada pela organização, que tem como pilar para o seu funcionamento e manutenção a destruição dos integrantes da milícia rival e de quaisquer pessoas que possam auxiliar os seus inimigos, ou prejudicar o andamento de suas atividades criminosas. A investigação ainda revelou que há criminosos destacados exclusivamente para fazer, de forma incessante, o levantamento de dados pessoais e a vigilância dos alvos que devem ser “abatidos”.

A quadrilha também pratica extorsões de forma reiterada, cobrando pelo pagamento de “taxas” de comerciantes e prestadores de serviço que ousam empreender nas áreas que são por ele subjugadas, independentemente da capacidade financeira dos empreendedores. Até as informais barraquinhas de rua, que vendem lanches, são achacadas pelos criminosos.

A Operação, fruto do trabalho conjunto do GAECO com a Polícia Federal, ainda visa identificar outros integrantes da organização criminosa, que é considerada a maior milícia em atividade do Estado do Rio de Janeiro.

Por Portal Eu, Rio!
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