O Armazém da Utopia recebe, ao longo de oito sessões na primeira quinzena de setembro, o monólogo “Paulo Freire - O Andarilho da Utopia”. Com encenação assinada por Luiz Antônio Rocha e dramaturgia de Junio Santos, a peça nasceu em Vitória (ES), no dia 28 de março de 2019, em apresentação histórica no Palácio Sônia Cabral, antiga Assembléia Legislativa. Na ocasião, a plateia estava formada por professores de institutos federais, movimentos sociais e também moradores de ocupações.
“De Vitória do Espírito Santo, fomos para uma circulação pelo Rio Grande do Norte em cidades onde a pobreza é imensa, até chegar em Angicos, cidade-piloto onde Paulo Freire alfabetizou 450 agricultores em 40 horas. Desde lá, somam 329 apresentações em teatros, praças, assentamentos, escolas, 15 estados, mais de 100 cidades e cerca de 65.000 pessoas aplaudiram de pé e se emocionaram com essa história que não tem início nem fim. Por que será?”, comenta o encenador Luiz Antônio Rocha.
Inspirado na trajetória e na obra do patrono da educação brasileira, o espetáculo, indicado ao Prêmio Shell de 2019 na categoria Inovação, propõe um diálogo com o pensamento do educador através de uma dramaturgia inédita. O ator e palhaço Richard Riguetti protagoniza a encenação conduzida por Luiz Antônio Rocha e Junio Santos em que Paulo Freire aparece como um menino, um astronauta, um professor, um brasileiro com sonhos e esperança.
É no interior de Pernambuco, à sombra de uma mangueira, que a estória começa... Um menino com um graveto na mão inicia o seu processo de leitura do mundo. É submetido à fome, tal qual grande parte da população brasileira. Na infância, outra fome lhe ocupa o tempo: as palavras. E ele as devora como se fossem pedaços de comida. Foi essa a sua busca até a eternidade. Através delas, e com elas, percorre territórios, tecendo uma pedagogia emancipadora e revoluciona a educação mundial — movido pelo desejo de liberdade de si e dos outros, de consciência política, de justiça e de superação dos obstáculos.
“Para nós da equipe da peça, será uma honra levar Paulo Freire para o Armazém da Utopia, sede da Cia Ensaio Aberto, local de resistência, palco de montagens importantes e que dialoga perfeitamente com os ensinamentos e o legado de Paulo Freire. Depois de muito tempo sem pisar em terras fluminenses, voltar à cidade nos traz uma alegria imensa”, complementa Luiz Antônio Rocha.
Após a peça, o diretor e o ator fazem uma roda de conversa com o público, um bate-papo sobre os elos que os espectadores fazem da peça com o momento atual e o processo de criação e circulação do ato cenopoético.
Ficha técnica
Dramaturgia: Junio Santos | Ator: Richard Riguetti | Encenação: Luiz Antônio Rocha | Cenário e Figurino: Eduardo Albini Direção de Movimento: Michel Robin | Preparação de ator: Beth Zalcman | Preparadora corporal: Aline Bernardi | Direção de movimento: Michel Rubin | Projeto de Luz: Ricardo Lira Jr. | Assessoria pedagógica: Josy Dantas | Assistente de direção: Marcia Rosa | Preparadora vocal: Jane Celeste | Letras de músicas: Ray Lima e Junio Santos | Realização: Grupo Off-Sina e Espaço Cênico Produções Artísticas
Serviço
Paulo Freire, o Andarilho da utopia
Sinopse curta: A trajetória e os “causos” de um dos mais notáveis pensadores da história da educação.
Dias: 02, 03, 04, 05 e 09, 10, 11, 12 de setembro de 2022
Sexta, sábado, domingo e segunda às 20h
Local: Armazém da Utopia - Avenida Rodrigues Alves, s/n Armazém 6 - Santo Cristo, Rio de Janeiro - RJ
Espetáculo teatral | Classificação: Livre | Duração: 80 min
R$ 50,00 inteira | R$ 25,00 meia
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Fonte: LEAD Comunicação