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“Vem” dá continuidade à direção musical que a cantora e compositora goiana Nay Portella está construindo para seu primeiro disco, intitulado Viradela, previsto para o início de 2023. Ela coloca juntas suas variadas influências e oferece combinações imprevisíveis, além de apresentar no novo single e também nas faixas anteriores, o que fez no trabalho anterior, “Férias”, quando uniu reggae maranhense e arrocha.
Colocando especial atenção ao time de produtores, Nay convidou Patrick Laplan, produtor musical e instrumentista, que assina trabalhos de Duda Beat, Lenine e Gabriel Ventura (ex-Ventre), para citar alguns. A presença de Laplan deixou “Vem” com cara de pagode anos 90, aquele refrão com quebrada no ritmo, enquanto a guitarra sola ao fundo, mas de um jeito ainda mais dançante e quente, resultado das programações e synths colocados por ele. Os arranjos de cavaco e percussão vêm para enfatizar o clima praieiro que Nay tem explorado também nas outras autorais.
Ainda na produção, o single tem Marcos Borges na guitarra, Diego Amaral na percussão, Luciano Portela no cavaco, Braz Torres nos backing vocals, a própria Nay no piano, além de mixagem de Diogo Strausz e masterização de Felipe Tichauer.
Na letra, a artista reflete sobre mais um tema da atualidade e trata da ansiedade de se criar expectativas para tudo. Assim como tem abordado nos singles anteriores, Nay vê a importância de trazer assuntos do convívio geral para suas letras descomplicadas e já falou sobre relacionamento tóxico em “Indireta”, empatia nas redes sociais em “Só Trago Verdades” e sobre a necessidade do descanso em “Férias”. “Vem” surge do desejo de agir, falar, fazer, querer e amar. “Quem nunca ficou rolando na cama antes de dormir, pensando no que poderia ter dito no momento de uma conversa, ou criando várias expectativas para um dia, pensando em todas as possibilidades de uma situação?”, indaga ela sobre tais anseios da vida.
“Vem” também tem versão em lyric video e traz Nay Porttela como uma mulher misteriosa e sonhadora, em livre expressão e livre interpretação, o que dialoga diretamente com a sonoridade do single e com o conceito do álbum Viradela. O vídeo tem fotografia e direção de imagem e vídeo assinadas por Rodolfo Ruben.