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Retrospectiva Vasco 2018: política quente e temporada de sustos

Gigante da Colina correu risco de rebaixamento no Brasileirão e foi discreto no ano

Por Rodrigo Rebechi em 15/12/2018 às 10:02:00

Contra o Ceará, o desfecho de um ano cheio de sustos (Foto: Gregório Jr/Vasco)

O ano de 2018 foi conturbado e com final de ano tenso para o Vasco. De eleições tumultuadas, ações para anulação de urna fraudada, parte de elenco desfeito e até o fim brigando para não ser rebaixado pela quarta vez, o cruzmaltino teve um ano para esquecer. De positivo, as contratações do zagueiro Leandro Castán e do atacante argentino Máxi Lopez, um dos responsáveis pela arrancada no final do Brasileirão. O portal Eu, Rio! fará a retrospectiva de 2018 do Club de Regatas Vasco da gama.

POLÍTICA

As eleições e o ambiente político do Vasco foram pontos importantes para se entender o ano do futebol do clube. Em janeiro, com a eleição de Alexandre Campelo pelo conselho deliberativo, pegando muitos de surpresa (Campello teve apoio de Eurico Miranda na eleição do conselho, vendo que Julio Brant havia entrado com ação pedindo anulação da urna 7 - e conseguido), o novo mandatário teve que refazer o elenco. Dias antes da posse, o então presidente Eurico Miranda havia liberado o zagueiro Anderson Martins para o São Paulo, vendeu Madson para o Grêmio e Matheus Vital para o Corinthians, numa ação que parecia revanchismo contra Brant. Até passagens aéreas para a estreia do clube na Libertadores não haviam sido compradas. Ao longo de todo 2018, liminares da situação e oposição, ainda sobre a eleição, eram assunto paralelos em São Januário.

FINANÇAS

O clube teve dificuldades ao longo de 2018. No início do ano, teve que pedir ajuda ao empresário Carlos Leite para pagar salários atrasados. Ainda no primeiro semestre, vendeu Paulinho para o Bayer Leverkusen por um valor abaixo da multa. E já no segundo semestre, garantiu empréstimo para quitar o final do ano. 

CAMPEONATO CARIOCA

Foi a melhor competição que o Vasco participou. Apesar do início ruim na Taça Guanabara, conseguiu ir para as semifinais pela pontuação final, eliminou o Fluminense e fez a final com o Botafogo. Na primeira partida, venceu por 3 a 2 com gol no final do jogo do Andres Rios. Com a vantagem do empate, sofreu gol nos acréscimos de Joel Carli. Nos pênaltis, vitória do Botafogo.

LIBERTADORES

Após ter passado com facilidade pelo Universidad Concepción, do Chile, suou um litro certinho ao eliminar o Jorge Wilsterman da Bolívia. Goleou no Rio e foi goleado na altitude: 4 a 0 os dois placares e vitória nos pênaltis com grande atuação de Martin Silva. Na fase de grupos, caiu no chamado 'grupo da morte', com Universidad do Chile, Racing (ARG) e Cruzeiro. Não passou de fase, mas conseguiu ficar em terceiro e ir para a Sul-Americana.

COPA DO BRASIL

A equipe entrou diretamente nas oitavas de finais por causa da campanha que fez em 2017 e ter participado da Libertadores. E nessa fase, encarou o Bahia. Derrota de 3 a 0 em Salvador. No Rio, muito esforço mas com apenas 2 a 0 a favor, não conseguiu passar de fase.

SUL-AMERICANA

Entrando também em fase adiantada, por ter vindo da Libertadores, o Vasco enfrentou os equatorianos da LDU. Derrota em Quito por 3 a 1 e vitória de 1 a 0 no Rio e mais uma eliminação.

BRASILEIRO

A campanha do time foi muito irregular. Apesar de ter pouco ficado na zona do rebaixamento, a equipe sempre rondou perto do Z4. Foram três técnicos utilizados durante a campanha: Zé Ricardo (que pediu demissão após derrota para o Botafogo em São Januário), Jorginho (demitido após derrota para o Palmeiras em São Paulo) e Alberto Valentim, que ficou até o final. Ainda teve a interinidade de Valdir Bigode entre esses treinadores. Com uma defesa muito vazada, a equipe só teve melhoras quando Leandro Castán foi contratado. Apesar disso, na reta final do Brasileirão, o Vasco chegou na última rodada com chances de cair. Ao empatar com Ceará, conseguiu se safar da queda. Mas o Gigante da Colina precisa melhorar muito para figurar na parte de cima da tabela, honrando a tradição do clube em fazer bons campeonatos.

CONTRATAÇÕES E DESTAQUES

Com poucos recursos, trouxe jogadores emprestados ou sem contrato. A maioria não deu muito certo, caso de Giovani Augusto (Corinthians), Rafael Galhardo (sem clube), Fabrício (Cruzeiro), Mas houveram boas apostas, como Thiago Galhardo, Luis Gustavo, Leandro Castán e Máxi Lopez. Yago Pikachu, com veia artilheira e Andrey tiveram destaque. Fernando Miguel, que veio do Vitória, roubou posição de Martín SIlva e foi outro destaque da equipe.


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