O Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou nesta segunda-feira, dia 17, as primeiras mil pistolas de eletrochoque para uso dos guardas municipais. São dispositivos da marca Condor, que, de acordo com a Guarda Municipal serão usadas para trazer mais segurança nas ações dos agentes e claro, preservar a integridade das vítimas e agressores. Ainda de acordo com a GM, usar este equipamento, de menor potencial ofensivo, se bem usado pela equipe treinada pode inibir ações irregulares. Na ocasião, foi feita demonstração de como o uso será feito.
"As armas não-letais são para imobilizar temporariamente. A utilização dessa arma é para proteger o cidadão e os guardas municipais", afirmou o secretário da Ordem Pública, Paulo César Amendola, na cerimônia de entrega das armas.
No início do mês, cerca de 60 guardas passaram por um treinamento da empresa responsável pela fabricação e venda das pistolas, a Condor Tecnologias Não-letais.
É o primeiro investimento da Prefeitura do Rio com recursos do Fundo Especial de Ordem Pública, criado ano passado, que prevê a modernização e a capacitação da Guarda Municipal do Rio de Janeiro. Foram adquiridos em outubro, pela GM dois mil dispositivos, no valor de R$ 9,471 milhões. No próximo ano, a previsão é que sejam entregues as próximas mil armas.
Os dispositivos funcionam emitindo descargas elétricas que deixam a pessoa imobilizada por um curto período. A ideia é que isso dê ao guarda o tempo necessário para que, se for preciso, ele consiga algemar o suspeito. O modelo escolhido tem uma trava que impede descargas de mais de 10 segundos - são no máximo duas de 5 segundos.
Não serão todos os guardas que vão usar esse tipo de armamento. A corporação informou que, dos cerca de 7.400 agentes que fazem parte do quadro atual, pouco mais de três mil (3.474) estão capacitados para fazer uso da arma de choque, além de outros 186 prontos para dar instruções sobre a utilização desses equipamentos.
"Com essas armas não letais, a Guarda Municipal recebe um instrumento muito importante para a ordem pública. Eu espero que seja sempre um instrumento de persuasão. As pessoas aos verem, se comportem. É assim que todos os países fazem seus arsenais. Espero que nunca seja usada, mas se for necessária, que seja usada para o bem da população", disse o prefeito.