Com o objetivo de reforçar o Outubro Rosa, na campanha de conscientização, o Hospital Estadual Eduardo Rabello, referência no tratamento geriátrico, que fica em Campo Grande, na Zona Oeste, promoverá nesta terça-feira (11) e quinta-feira (13) palestras sobre o ‘Câncer de mama”, com a enfermeira especialista em Saúde da Mulher e doutoranda em Enfermagem e Biociência, Claudia Figueiredo. A ação visa orientar sobre a importância do diagnóstico precoce a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença.
Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para o ano de 2022 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres (INCA, 2019a).
O autoexame é feito sete dias após o iníicio da menstruação. Após a menopausa, deve-se escolher um dia por mês para fazê-lo. A partir dos 40 anos de idade, as mulheres devem realizar anualmente a mamografia, exame que permite a identificação de lesões não palpáveis. Importante ressaltar que o autoexame não substitui o clínico.
Mesmo sem sintomas, mulheres a partir dos 40 anos devem fazer anualmente o exame clínico das mamas e aquelas entre 50 e 69 anos, no caso de baixo risco, se submetam a mamografia, pelo menos, a cada dois anos. Esta periodicidade leva em conta benefícios e riscos da mamografia, que é um raio-X capaz de identificar tumores pequenos. Já mulheres consideradas de alto risco devem procurar acompanhamento individualizado. Este grupo inclui aquelas com história familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau antes dos 50 anos.
A enfermeira Claudia Figueiredo alerta também sobre a incidência de casos de câncer de mama em mulheres jovens a partir dos 25 anos, segundo pesquisas recentes.
“A faixa de maior incidência é a partir dos 40, mas pesquisas recentes apontam para o aumento de casos em mulheres mais jovens. Se tem histórico de câncer na família, não espere, procure um médico para que ele oriente e identifique se vai precisar fazer o exame”, observou.
Na maior parte dos casos dos tumores de mama em mulheres muito jovens, esses tumores tendem a ser mais agressivos, surgem rapidamente. Normalmente é um nódulo de crescimento mais rápido.