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Petroleiro da Libéria despeja água fétida na Baía da Guanabara

Líquido despejado é conhecido como água de lastro e o seu lançamento na Baía é considerado crime ambiental

Por Anderson Madeira em 31/10/2022 às 18:38:14

Foto: Reprodução

O navio petroleiro Pacific Moonstone, da Libéria, foi flagrado por ambientalistas despejando água suja com forte cheiro de querosene na Baía da Guanabara, na altura do terminal torguá, Ilha D’Água, operado pela Petrobras. O líquido despejado é conhecido como água de lastro e o seu lançamento na Baía é considerado crime ambiental pela Lei Federal nº 9605/1997. A denúncia foi encaminhada ao Movimento Baía Viva.

“Recebemos denúncia de lavagem de navio no meio da Baía da Guanabara. A Baía continua sendo sacrificada e há uma grande irresponsabilidade do poder público. Está nas nossas redes sociais. Nós estamos vivenciando 30 anos da conferência internacional Eco 92. Este ano é o Ano Internacional da Pesca Artesanal e da Aquicultura, determinado pela FAO, um organismo da ONU para combater a segurança alimentar. Apesar de todo esse calendário, o que nós estamos vendo é uma grande impunidade. Não há fiscalização preventiva da indústria petroleira na Baía da Guanabara. O que há é omissão, negligência e prevaricação do poder público”, apontou Sérgio Ricardo, um dos fundadores do Baía Viva.

Procurado, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que a imagem observada no vídeo enviado pela reportagem é do Navio Pacífico Moonstone. A embarcação encontra-se atracada no píer secundário do terminal desde o dia 25 de outubro último, recebendo carga de etanol, sem comunicação oficial de intercorrência operacional com impacto ambiental.

A operação observada no vídeo é um procedimento de descarte de água de lastro, necessário para o equilíbrio dinâmico do navio, na medida que o navio recebe a carga. No caso, a água utilizada para lastrear a embarcação foi extraída da própria Baía de Guanabara e não de outro lugar. O procedimento adotado é autorizado pela Marinha. A água utilizada para lastrear o navio, sendo do mesmo local onde a embarcação está atracada, reduz o risco de contaminação e a migração de organismos exóticos para a Baía de Guanabara.

Também procurada, a Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras, enviou a seguinte nota:

"Os terminais aquaviários operados pela Transpetro seguem rigorosos padrões de segurança, possuem licenciamento dos órgãos ambientais, são constantemente fiscalizados e atendem a todos os requisitos legais de segurança operacional. A Transpetro reafirma seu compromisso e respeito à segurança das pessoas e do meio ambiente."


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