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Brasil registra 340 mil nascimento de bebês prematuros por ano

Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus

Por Portal Eu, Rio! em 10/11/2022 às 06:00:00

o Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano. Foto: Divulgação

O Dia Mundial da prematuridade é comemorado no dia 17 de novembro. A campanha deste ano tem como tema global: “Garanta o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento”. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano. Isto é o equivalente a 931 por dia ou a seis prematuros a cada 10 minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus.

A pediatra e neonatologista, Soraya Alves, conta que todo o mês de novembro é dedicado à conscientização sobre os riscos e formas de evitar o nascimento prematuro. "O bebê que nasce com menos de 37 semanas de gestação - ou até 36 semanas e seis dias - é considerado prematuro, ou pré-termo. No Brasil, o nascimento de bebês prematuros corresponde a 12,4% dos nascidos vivos, de acordo com dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Ministério da Saúde", explica.

Segundo a pediatra Soraya Alves, a prematuridade aumenta a chance de internações dos bebês em UTI. "É nesta fase final da gestação que o sistema cardiorrespiratório amadurece. Sendo assim, bebês prematuros perdem a oportunidade de estarem mais preparados para lidar com a adaptação à vida fora do útero. Apesar dos avanços da medicina e do suporte nas UTIs neonatais, ainda é uma causa importante de morte nos primeiros cinco anos de vida, especialmente em locais com pouco acesso a esse cuidado intensivo", destaca.

Uma informação importante, de acordo com a pediatra, é que nem todo prematuro, entretanto, vai precisar de internação em UTI neonatal. "Acima de 34 semanas e/ou com peso maior que 2Kg, dependendo das condições de nascimento e adaptação à vida extra-uterina, podem e devem ser mantidos com a mãe, recebendo alta hospitalar em torno de 48h de vida", esclarece.

"Uma outra boa notícia é que atualmente cada vez mais prematuros, mesmo os muito pequenos e/ou muito prematuros, sobrevivem e possuem uma vida saudável, produtiva e de muita qualidade, principalmente se associado a estímulo precoce e seguimento ambulatorial adequado e especializado", alerta Soraya Alves. Ela afirma ainda que a prevenção de prematuridade está intimamente relacionada a um pré-natal bem feito, com identificação dos riscos e intervenção precoce.


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