Há menos de 10 dias do início da Copa do Mundo, dois dos grandes ídolos de gerações vitoriosas do futebol brasileiro, Cafu e Jairzinho, analisaram o grupo do Brasil na competição e comentaram sobre o momento de Neymar vestindo a amarelinha. Nesse papo descontraído do podcast ‘As Histórias Esquecidas da Copa’, apresentado pelo jornalista Mauro Beting, os ídolos ainda destacaram qual é a principal diferença da Seleção atual para as que fizeram parte antigamente, em 2002 e 1970.
O capitão do Penta ainda cravou que o Brasil conquistará o sonhado Hexa em 2022.
“Camarões está melhor que antes, mas é uma seleção que não se sabe o que esperar. O time da Sérvia é bom, e o time da Suíça é muito bom, mas ainda assim, o Brasil passa em primeiro. Vai ser duro, mas passa em primeiro, com a Suíça em segundo. E o Brasil vai até a final e ganha pra mim também”, declarou Cafu, embaixador da casa de apostas.
Jairzinho também apostou na Suíça para avançar às oitavas em segundo lugar, e acrescentou que o Brasil irá disputar a final contra a França, mas não cravou o campeão.
E como não poderia faltar, outro grande destaque da conversa foi Neymar. A estrela do time brasileiro foi reverenciado pelos dois ex-craques, que ressaltaram que o jogador é, disparado, a maior esperança para o time. Porém, também reforçaram que o camisa 10 está “menos sozinho” que antes.
Ao ser questionado sobre a dependência de Neymar nas Copas anteriores, o Furacão da Copa de 70 afirmou que o astro não tinha companheiros à altura: “de fato, é desproporcional. Porque eu nunca vi o futebol brasileiro tão carente, principalmente de seu poder mais forte, que sempre foi o ataque. E o Neymar, eu não via outro que podia dar sustentação para ele”, comentou Jairzinho, embaixador do SDA.
“Desse nível não tem. Tem outros jogadores bons para ajudar cada vez mais. Falando de ponta. Você tem Raphinha, você tem Antony, você tem Rodrigo, tem Vinícius Júnior, tem o Richarlison (...) Ele está menos sozinho do que antes, mas no seu nível ainda não tem ninguém”, completou Cafu.
Os ídolos aproveitaram para lembrar das Copas de 1970 e 2002, em que havia oito “números 10”, de acordo com Cafu. “Qualquer um ali poderia resolver o jogo. Qualquer um poderia ajudar. Qualquer um poderia fazer uma jogada diferente. Agora, na geração dele (do Neymar), não. Ele veio numa geração de mais de 10 anos sozinho, carregando a Seleção Brasileira nas costas sozinho”, afirmou o ex-lateral, corroborado por Jairzinho.
Cafu e Jairzinho compartilham essas e diversas outras histórias inéditas num podcast. A série tem, ao todo, 8 episódios, um para cada grupo da Copa do Mundo de 2022.