Contra o sistemático apagão de dados que é marco da gestão de Jair Bolsonaro, candidato derrotado nas eleições 2022, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin solicitou oficialmente os relatórios sobre o desmatamento da Amazônia e do Cerrado, que são divulgados todos os anos pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). O Brasil quer saber: onde estão os números do desmatamento?
“Solicitamos que os relatórios completos dos dados do Prodes Amazônia e do Prodes Cerrado do período de agosto de 2021 a julho de 2022 sejam enviados para que possamos analisar as informações que trazem e tomar as medidas necessárias. A informação é de que esses números já existem e [temos] a necessidade de serem informados”, afirmou.
O coordenador do Gabinete de Transição fez o anúncio dias antes de Luiz Inácio Lula da Silva participar da COP 27, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, no Egito, para firmar o compromisso do Estado brasileiro com as mudanças climáticas. Juntos, Lula e Alckmin já trabalham pelo futuro do nosso país e do planeta.
O acesso da equipe do Gabinete de Transição às informações relativas às contas públicas, programas e projetos do governo federal está previsto na Lei 10.609, criada no governo Fernando Henrique Cardoso em 2002.
No ano passado, o governo realizou uma manobra similar, e só divulgou os dados após a realização da COP 26. Não foi à toa, porque o relatório mostrava números recordes de desmatamento em 15 anos.
Desmatamento caiu 75% com Lula e aumentou 73% com Bolsonaro
Lula reduziu em 75% o desmatamento da floresta amazônica entre 2004 e 2010, de acordo com o Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia). Já no governo Bolsonaro a destruição aumentou 73% em apenas três anos (2019 a 2021).