O economista Roberto Castello Branco tomou posse nesta quinta-feira como o novo presidente da Petrobras, durante solenidade realizada no Salão Nobre do Edifício Sede da companhia, no Rio de Janeiro. Na cerimônia, que contou com a presença de diversas autoridades, como o governador Wilson Witzel, o presidente destacou que nossa visão estratégica está baseada em cinco pontos: gestão de portfólio, diminuição de custo de capital, busca incessante por redução de custo, proteção ao meio ambiente e, por fim, meritocracia e segurança do trabalho.
No início de seu discurso, o presidente lembrou que sua história na companhia começou quando foi conselheiro entre maio de 2015 e abril de 2016. “Encontrei uma empresa em crise. Mas com a competência e seriedade profissional de nossos funcionários e uma sólida governança corporativa, a Petrobras de hoje é muito melhor. Mas ainda há muito a fazer”, destacou.
Castello Branco ressaltou a importância de explorar com eficiência o enorme estoque de riqueza natural de nosso país. “A competência principal da companhia é na exploração e produção de petróleo em grandes campos em águas ultra profundas. O foco deve ser nos ativos em que somos os donos naturais, aqueles em que somos capazes de extrair o máximo de retorno possível”, disse.
Em sua fala, o presidente também citou a necessidade de continuidade das parcerias. “Vamos acelerar a produção de petróleo para que nossas reservas tenham o melhor aproveitamento possível e parcerias serão bem-vindas. Podemos e temos muito a aprender com os outros”, disse.
Para melhoria de resultados, o novo presidente também citou que mudanças na área tecnológica são importantes. “Entendemos como fundamental a transformação digital para reduzir custos e expandir a produtividade”.
De acordo com o novo presidente, o respeito à segurança das pessoas e do meio ambiente tem grande relevância. “A preservação da vida humana possui valor extraordinário. É inaceitável que alguém saia para trabalhar e não retorne nunca mais. Zero fatalidade é a meta prioritária a ser perseguida com obstinação”, afirmou.
Castello Branco encerrou seu discurso ressaltando a importância do corpo técnico da companhia. “Uma empresa é feita de pessoas. São elas - colegas de trabalho a partir de agora, desde as que estão nas plataformas em alto mar às que labutam nos escritórios deste prédio - que convoco para dedicar esforço e talento para transformar nossa empresa em um exemplo global de excelência operacional e financeira e em um dos melhores lugares para trabalhar”, finalizou.
Participaram também solenidade o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; o ministro da Economia, Paulo Guedes; o diretor-geral da ANP, Décio Oddone; o presidente em exercício do nosso Conselho de Administração, Jerônimo Antunes; e a diretora de Exploração & Produção, Solange Guedes.
O presidente: Roberto Castello Branco é graduado em Economia, com doutorado na Fundação Getulio Vargas (FGV EPGE) e pós-doutorado na University of Chicago. Participou de programas de treinamento executivo da Sloan School of Management (MIT) e do International Institute for Management Development (IMD). É professor afiliado da EPGE (FGV), atuando também como diretor do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico dessa instituição. Foi diretor na Vale S.A., no Banco Central do Brasil, no Banco Boavista, no Banco Boavista Investimentos e no Banco InterAtlântico. Foi membro do Conselho de Administração entre maio de 2015 e abril de 2016, do GRU Airport e da Invepar, assim como membro do Conselho Diretor da Abrasca, diretor da Câmara Americana de Comércio (RJ) e membro do Conselho de Administração do IBEF e do Conselho Curador da FGV. É autor do livro “Crescimento acelerado e o mercado de trabalho: a experiência brasileira”.
A estatal divulgou ainda o Plano de Negócios e Gestão 2019-2023. Nele projetou investimentos de 68,8 bilhões de dólares no período, sendo 70%, equivalente a 48,4 bilhões de dólares, somente em desenvolvimento da produção (56% no pré sal e 44% no pós sal). Prevê ainda um aumento de 59% no investimento exploratório, passando de 6,8 bilhões de dólares do Plano de Negócios e Gestão de 2018-2022 para 10,8 bilhões de dólares no período de 2019-2023.
Para a produção de gás natural prevê investir 3,7 bilhões de dólares, na retomada das obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, além do Gasoduto Rota 3 e Dutos Norte, para aumentar o escoamento e processamento do gás do pré-sal.
O Gasoduto Rota 3 possui aproximadamente 355 km de extensão total, sendo 307 km referentes ao trecho marítimo e 48 km referentes ao trecho terrestre, e escoará gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos até o Comperj. A vazão de escoamento do gasoduto é de aproximadamente 18 milhões de m³ por dia.
Já o Dutos Norte vai ligar o Comperj à refinaria Reduc, em Duque de Caxias, para transporte do gás de cozinha (GLP) e água.
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