"A presidência não está vazia, está sendo usurpada, isso deve estar claro, estamos na ditadura e devemos agir diante dessa realidade". Juan Guaidó tomou, por unanimidade, a presidência da Assembleia Nacional venezuelana no meio de uma das piores encruzilhadas da história do país. No dia 10 de janeiro, Nicolas Maduro tomará posse à força para seu segundo mandato presidencial.
Neste cenário inédito, o de não reconhecimento de um presidente por parte da Assembleia Nacional, vai de acordo com a maioria dos países ocidentais e grupos internacionais, tais como a União Europeia, Grupo de Lima, Estados Unidos e Brasil.
O parlamento venezuelano luta contra as decisões monocráticas de Maduro. Acusado de ameaçar e prender opositores políticos, Nicolas Maduro decretou a criação de um parlamento à parte, composto somente por membros do seu partido.
As informações partidas de Caracas são escassas. O Eu,Rio! Permanece em contato com jornalistas venezuelanos independentes que trabalham a partir dos Estados Unidos.
"A Assembleia Nacional terá suas atividades transferidas para o novo parlamento de Maduro, mas ainda não foi fechada de fato pelo governo. No entanto, a partir do dia 10 de janeiro, a Assembleia Nacional de Juan Gauidó será ser o único poder público legitimamente constituído e reconhecido internacionalmente", diz um jornalista que não quis se identificar. "Mas isso pode servir de palco para qualquer eventualidade em um país onde tudo pode acontecer, e a qualquer momento".
O controle de informações imposto pelo Palácio de Miraflores fez com que nenhuma das redes de televisão retransmitissem a histórica tomada de controle de Gauidón à frente do Parlamento.
**Em atualização