O mês de janeiro ficou conhecido como Janeiro Branco, mês dedicado à conscientização da importância da Saúde Mental.
Alguns hábitos, como se exercitar, ter uma alimentação nutritiva e balanceada, tomar bastante água e meditar ajudam na qualidade de vida e também a produzir hormônios, como a serotonina e endorfina, que contribuem para a sensação de bem estar.
Em muitos casos, a ansiedade, a tristeza e a falta de ânimo não são passageiras, mas de causa patológica. Ou seja, é um transtorno mental e, se não tratado, ajuda a desenvolver outras doenças e gerar um estresse maior na pessoa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, quase um bilhão de pessoas, incluíndo 14% dos adolescentes do mundo, viviam com um transtorno mental. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade.
Pessoas com condições graves de saúde mental morrem, em média, 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis. A depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia.
O Neurocirurgião do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Kleber Duarte, especialista em dor e doenças neurológicas, explica que somos seres integrados e que a dor física contínua, crônica e imotivada faz a mente sofrer e, com isso, compromete o equilíbrio e a saúde mental. Fenômenos mentais como catastrofismo e vitimismo podem piorar os sofrimentos físicos.
Kleber Duarte. Foto: Divulgação
Segundo o especialista do sistema nervoso, existe uma regra: manter relacionamentos saudáveis e diversificados. “A interação com outras pessoas ajuda na saúde mental. Já vi pessoas que trabalham bastante e que fazem questão de manter atividades físicas com regularidade, uma alimentação saudável e equilibrada, mas têm dificuldades nas relações. Ou seja, simplesmente estão estressando a mente e o corpo. Sei que isso pode parecer clichê, mas equilibrio é essencial", frisa o médico.