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Cães e gatos podem sofrer com insuficiência cardíaca

Tutores devem ficar atentos aos principais sinais da doença

Por Portal Eu, Rio! em 17/01/2023 às 07:32:12

Foto: Divulgação

Você sabia que cães e gatos também podem sofrer com insuficiência cardíaca? A síndrome pode acometer estes pets e pressupõe a existência de uma doença cardíaca subjacente que pode ser causada por insuficiência do miocárdio, regurgitação valvar e disfunção diastólica. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem fazer toda a diferença para que o animal tenha mais longevidade e excelente qualidade de vida. O Portal Eu, Rio! entrevistou com a médica veterinária do CRV Imagem, especializada em cardiologia veterinária, Luciana Duque, para saber mais sobre o assunto.

Segundo a especialista, a insuficiência cardíaca ocorre como consequência de uma doença que afeta o funcionamento cardíaco. Em cães a cardiopatia mais frequente é a doença mixomatosa da valva mitral, também conhecida como endocardiose da valva mitral:

“Engloba 75 % dos casos de cardiopatias caninas e pode haver predisposição racial em Shih tzu, poodle, yorkshire, teckel e em diversas outras raças, inclusive em SRD (sem raça definida), que pode apresentar a doença em fase senil. Já a raça cavalier king charles pode apresentar em fase juvenil. Ja nos gatos, as cardiopatias são frequentes também e estão entre as 10 principais causas de óbito na espécie. A mais prevalente é a miocardiopatia hipertrófica. A maioria dos afetados não tem raça definida, mas há um provável risco maior em Maine Coon, Ragdoll, British Shorthair, Persa, Bengal e Sphynx. Podem apresentar a doença na juventude, mas a prevalência aumenta significativamente nos mais velhos”, explica.

Luciana chama a atenção para os sintomas, que podem ser diferentes entre caninos e felinos. Sinais que os tutores precisam observar e, ao encontrá-los, correr para o veterinário.

“Em cães, o mais comum é a tosse tipo engasgo, podendo apresentar também língua azulada ou arroxeada, respiração acelerada, desmaios. Nos gatos, a respiração acelerada e/ou dificultosa são os achados mais comuns, mas podem apresentar outros traços como paralisia de membros. Os indícios clínicos costumam aparecer em fases mais avançadas das cardiopatias, por isso o check up periódico é altamente recomendado”, avisa.

A doença pode ser descoberta através do exame de ecocardiograma. O quanto antes isso acontecer, o animal ganha tempo de vida, já que o tratamento poderá ser realizado de forma correta.

“As cardiopatias estruturais são diagnosticadas através do ecocardiograma, que é um exame de imagem realizado através de um aparelho ultrassonográfico, em que se pode avaliar o tamanho das câmaras cardíacas, espessuras musculares, fluxos e valvas. Para a realização, o paciente é colocado em decúbito lateral e, com ajuda de um gel, o transdutor é deslizado sob a pele na região do tórax. É um exame indolor e não requer preparo prévio”, conta a médica veterinária do CRV Imagem.

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