Com a proximidade de início da fase principal do Campeonato Carioca 2019, começamos a lembrar de momentos históricos e personagens que marcaram a competição. Um deles se chama Léo Lima, que brilhou na decisão de 2003, quando além de fazer o primeiro gol do Vasco, ainda deu um passe de letra para o atacante Souza finalizar na vitória por 2 a 1 contra o Fluminense, que garantiu o título cruzmaltino.
O meia, de 36 anos, vive atualmente um momento mais modesto na carreira e assim como seu ex-clube, que vem renovando o elenco na esperança de dias melhores, Léo também mudou de ares, indo para Goiás jogar no Anapolina. Sua estreia no novo clube está marcada para o dia 20 de janeiro, no estádio Jonas Duarte, em confronto com o Grêmio Anápolis.
"A minhas expectativas são as melhores possíveis. Aceitei o desafio e quero fazer a diferença, ser um dos destaques do campeonato", disse o jogador, que chegou ao time como reforço para a temporada e trazendo na bagagem um currículo que inclui nomes como Flamengo, São Paulo, Santos, Palmeiras, Grêmio, Porto, CSKA Sofia, Al-Nasr e Al-Sharjah, entre outros.
Jogador quer encerrar carreira em dois anos e ser treinador
No planejamento dele serão mais dois anos antes de encerrar a carreira como jogador. Mas se engana quem pensa que Léo Lima pretende abandonar o futebol. Ele quer se tornar um técnico vitorioso no futuro, assim como Vanderlei Luxemburgo, Hélio dos Anjos, Walter Zenga e António Lopes, que foram os que mais marcaram sua trajetória até aqui.
E as mudanças não param por aí. A mais importante delas aconteceu no dia 8 de dezembro, no Rio de Janeiro, quando o atleta casou-se pela segunda vez, agora com um amor da infância, Michelle, que reencontrou em 2017. E no início de 2018, retornou ao Brasil e ao clube que o revelou, o Madureira, onde atuou pelo Cariocão.
Saudade da família, carinho pelo Madureira e torcida pelo Vasco
Embora não tenha permanecido para disputar a série D do Campeonato Brasileiro no ano passado, Léo faz questão de dizer que tem um carinho enorme pelo Madureira e deixa portas abertas: "Chego lá e entro como se fosse minha casa", afirma o atleta.
O jogador procurou aproveitar bem as férias na sua cidade, junto a nova esposa e os filhos, que são do primeiro casamento, mas seguiu sem a família para a pré-temporada.
"Já estou sentindo muitas saudades, mas logo eles vêm me visitar", afirmou, ressaltando que uma das maiores dificuldades no esporte é ficar longe das pessoas que ama.
E por falar em sentimento, voltemos ao princípio, pois embora o jogador tenha a percepção de que sua época no Vasco já passou, não se pode dizer que não gostaria de um dia retornar ao clube.
"Na minha época tinham mais jogadores talentosos. Hoje é o preparo físico que prevalece. Torço pelo sucesso do Vasco porque é um clube que estará para sempre no meu coração", afirma.
Mas a situação atual do clube preocupada tanto a torcida quanto ao jogador que viveu momentos de glória no Vasco da Gama. "Eu não sei o que tem acontecido, mas todo ano briga para não cair. Não sei se é briga interna, mas não pode afetar nos jogos. Espero que este ano seja diferente", finaliza esperançoso.