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Sem apontar financiadores da pesca ilegal, investigação da morte de jornalista e indigenista não fecha

Representante dos povos indígenas do Vale do Javari, Univaja cobra respostas sobre conexão de políticos e empresários com o duplo assassinato

Por Portal Eu, Rio! em 24/01/2023 às 15:44:13

Associação indígena denuncia continuidade das ameaças no Vale do Javari, mesmo após avanço das investigações ds mortes de Dom Phillips e Bruno Araújo. Foto: Reprodução Internet

Para a entidade que representa os povos do Vale do Javari, região onde o indigenista Bruno Araújo e o jornalista inglês Dom Phillips foram assassinados, a investigação não foi concluída. Ainda faltam respostas para questões como quem financiou e qual a conexão de políticos e empresários locais nos crimes.

Nessa segunda-feira, a Polícia Federal informou que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante do duplo assassinato. Segundo o representante e assessor jurídico da Univaja – União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, Eliésio Marubo, esse envolvimento havia sido denunciado pela entidade. O próprio Bruno citou Colômbia durante a fiscalização de pesca ilegal.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a cobrança da Univaja de aprofundamento das investigações sobre assassinatos no Vale do Javari.

De acordo com o ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Fontes, que esteve à frente da Superintendência durante grande parte das investigações, Colômbia teria planejado as mortes por causa dos prejuízos causados por essa fiscalização. Para Eliésio Marubo, a resposta sobre o envolvimento de terceiros é essencial:

Eliésio Marubo ressalta que, após os assassinatos de Dom e Bruno, as ameaças continuaram na região.

As investigações da Polícia Federal apontaram um quarto participante do duplo homicídio, Edivaldo da Costa de Oliveira, irmão do “Pelado”, responsável por emprestar a espingarda utilizada para matar as vítimas e por atuar na ocultação dos corpos.

Bruno e Dom foram mortos a tiros no dia 5 de junho de 2022, durante uma expedição pelo Vale do Javari, e tiveram seus corpos queimados e enterrados. A localização ocorreu dez dias depois.

Edição: Nádia Faggiani / Guilherme Strozi


Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Radioagência Nacional

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