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Qual o melhor momento para se fazer um check-up?

Idade e gênero têm correlação e indicações

Por Cristina Ramos em 13/01/2019 às 13:31:46

Foto: Pixabay

Será que há idade determinada para se fazer um check-up? E gênero? Teria alguma influência entre ser homem ou mulher, quando o assunto é estar de bem com a saúde? Para responder a tantas perguntas, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Nacional do câncer fazem algumas recomendações.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em todo o mundo (17,7 milhões de pessoas todos os anos). E as responsáveis por quase 30% de todos óbitos registrados no Brasil anualmente, ocorrendo, em muitos casos, em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 64 anos). Segundo a OMS, o tabagismo tem grande impacto sobre a saúde cardiovascular.

O tabaco é mais conhecido como inimigo do pulmão, mas também pode trazer doenças para o coração. Não faz diferença como é consumido: cigarros, charutos, cachimbos e narguilés fazem mal à saúde. O tabaco mata mais de sete milhões de pessoas por ano, das quais cerca de 900 mil são não-fumantes, mas morrem por respirar o fumo passivo. Os não fumantes, que respiram a fumaça do tabaco, têm risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas em 25 a 30%. Para aqueles que param de fumar, após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

As doenças cardiovasculares tornam a avaliação cardiológica obrigatória para quem já faz parte do grupo de risco como pessoas com colesterol alto, doenças hipertensivas, diabetes e história de infarto.

Focar no que interessa

É muito importante despertar o paciente para o caráter preventivo das doenças, gerando uma diminuição no risco de doenças evitáveis. Segundo o Ministério da Saúde (MS), doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de mortalidade e invalidez precoce no mundo, representando 63% de todas as causas de morte.

Atentar para exames mais comumente recomendados

Exames clínicos podem ser realizados anualmente, como aferição da pressão arterial, ausculta cardíaca e respiratória, sendo solicitados outros exames apenas caso o paciente tenha queixas, outras comorbidades ou história familiar sugestiva de alguma doença, sendo o exame orientado pelo médico que o acompanha.

Medidas profiláticas como vacinação para crianças, adolescentes e adultos; o uso de preservativos nas relações sexuais; e campanhas contra o cigarro também fazem parte desta estratégia.

Rastrear várias áreas: a detecção precoce do câncer é um artifício usado para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento a grupos com maior ocorrência da doença.

Câncer de cólon e reto: colonoscopia a partir dos 50 anos para todos, devendo repetir a cada 10 anos.

Câncer de mama: mamografia para mulheres a partir dos 50 anos até 69 anos, devendo repetir a cada dois anos.

Câncer de colo do útero: exame colpocitológico (papanicolau) a partir dos 25 anos para mulheres sexualmente ativas. Fazer anualmente até ter dois resultados negativos, e a partir, repetir a cada três anos, até os 64 anos de idade.

Câncer de próstata: pode ser identificado com a combinação de dois exames, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) – o exame de toque retal para homens a partir dos 50 anos e exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Na maioria dos homens, o nível de PSA costuma permanecer abaixo de 4 ng/ml. Alguns pacientes com nível normal de PSA podem ter um tumor maligno, que pode até ser mais agressivo, por isso esse exame, feito de forma isolada, não pode ser a única forma de diagnóstico, afirma o INCA.

O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, por que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, de acordo com o INCA. E o aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Para o Ministério da Saúde (MS), o homem, geralmente, procura ajuda quando algum problema de saúde já foi detectado e, muitas vezes, em grau avançado de evolução. Segundo o MS, acredita-se, por motivos culturais, que os homens têm mais resistência a prevenção de doenças e relutam com cuidados médicos. Por isso, desde 2010, o Ministério da Saúde criou em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (RJ) e de Várzea Paulista (SP), o Projeto de Saúde Parceira do Pai.

Para entender

Segundo indicadores, homens são mais resistentes a médicos e a fazerem exames. E estudos mostram que, a população masculina tem hábitos de vida menos saudáveis, portanto, tornam-se mais suscetíveis a fatores de risco para doenças crônicas.

O principal objetivo do Projeto de Saúde Parceira do Pai é combater Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) através dos exames de sangue (sífilis, HIV e hepatites virais B e C). E ainda possibilita ao médico diagnosticar: hipertensão arterial, diabetes e colesterol.

Olho vivo para os casos de demência

O Alzheimer é uma doenc?a neurodegenerativa que acomete va?rios domi?nios na vida das pessoas que dela sofrem e de seus cuidadores. O principal sintoma da doença de Alzheimer é a perda de memória. Nos estágios mais avançados apresenta limitações físicas como a capacidade de andar, de engolir, além de delírios, alucinações e aspectos depressivos.

Os neurologistas recomendam avaliação das funções neurológicas de pessoas de qualquer idade que apresentem casos de diminuição da memória e funções cognitivas.

Para o médico Gilberto Ururahy, especialista em cirurgia geral, “a incapacidade de adequação às mudanças diárias e o mau gerenciamento do estresse é o motor para o estilo de vida pouco saudável”. Segundo o Dr Ururahy, para se obter longevidade e bem-estar, deve-se saber gerenciar esse estresse cotidiano, que fragiliza todo o organismo.

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