Falso médico é preso tentando forjar registros no Cremerj para supostos alunos da Universidade Estadual da Bahia

Agentes da DRE prenderam na noite desta quarta-feira, 09/02/2023, o falso médico, Jonny Teixeira Carreiros, de 38 anos, que atuava no Rio de Janeiro com CRM cancelado por fraude. De acordo com as investigações da especializada, ele faria parte de um esquema que tentou fraudar registros no conselho regional do Rio de Janeiro para supostos alunos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia.

Ainda segundo os investigadores, alguns desses falsários conseguiram um registro provisório, antes que a fraude fosse descoberta, e estariam exercendo ilegalmente a profissão, inclusive atendendo traficantes baleados em confronto com a polícia e rivais.

A prisão de ontem ocorreu em frente a um dos principais hospitais da Tijuca, quando Jonny Teixeira Carreiros chegava em uma ambulância, acompanhando um doente que havia sido transferido de Nilópolis. A ser abordado, ainda tentou manter a fraude mas, ao perceber que havia sido desmascarado, confessou o crime.

“A ação contou com a participação do Cremerj, não só na momento da prisão, mas também durante o levantamento responsável por identificar o detido e determinar onde, quando e como ele trabalhava. Sem isso, sua captura seria muito difícil”, pontuou Rodrigo Coelho, delegado da DRE.

Jonny Teixeira Carreiros foi conduzido à sede da especializada na CIDPOL onde foi autuado por exercício ilegal da medicina. As investigações continuarão para identificar os demais integrantes além de apurar a possível participação desses fraudadores no tratamento de narcotraficantes.

O Cremerj acompanhou a prisão de Carreiros, que se apresentava como médico, apesar de não ter um CRM válido. Ele foi preso em flagrante em frente a um hospital na Tijuca, na Zona Norte da cidade, enquanto praticava ato médico. No momento, ele estava acompanhando a transferência de um paciente por ambulância que vinha da Baixada Fluminense para a unidade. A prisão foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil.

“A ação contou com a participação do Cremerj, não só no momento da prisão, mas também durante o levantamento responsável por identificar o detido e determinar onde, quando e como ele trabalhava. Sem isso, sua captura seria muito difícil”, disse Rodrigo Coelho, delegado da DRE, em reportagem do jornal Extra, publicada nesta quinta-feira, 9 de fevereiro.

De acordo com a Polícia, Jonny Teixeira Carreiros foi levado para a sede especializada nesse tipo de crime onde foi autuado por exercício ilegal da medicina. As investigações vão continuar para identificar se há outros participantes, além de apurar o envolvimento deles na assistência de traficantes.

Polícia Federal também faz operação contra exercício ilegal da medicina

A Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal também realizou uma operação, chamada Catarse, na manhã desta quinta-feira, 9, que visa desarticular um esquema criminoso especializado em falsificação de diplomas para o curso de medicina.

Para isso, foram emitidos 11 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro, de Belford Roxo, de Teresópolis e de Montes Claros (em Minas Gerais). Já foram apreendidos celulares, carimbos e documentos com indícios de falsificação.

As primeiras prisões por parte da Polícia Federal, que deflagraram nesta operação, ocorreram em abril de 2022, após uma denúncia do CREMERJ. O Conselho chamou a Polícia Federal após perceber indícios de documentação falsa para a inscrição de dois CRMs. Na ocasião, as duas pessoas estavam na sede do CREMERJ e foram presas. Desde então, o Conselho está à disposição das autoridades policiais.

Para o Conselho, todas as ações que visem garantir a segurança da população, dos médicos e dos demais profissionais de saúde são fundamentais e prioritárias. O Conselho vem colaborando ativamente com a Polícia Federal e com a Polícia Civil no intuito de coibir essas práticas criminosas e está à disposição de todas as autoridades nesse sentido, cujo objetivo principal é proteger a população do estado do Rio de Janeiro.