O deputado estadual Flávio Serafini (PSOL) protocolou na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a instalação da Frente Parlamentar em Defesa do Piso Nacional do Magistério. O objetivo é pressionar o Governo Cláudio Castro para que pague aos professores o mesmo que nos demais estados.
“É um absurdo que os professores do nosso estado não recebam o mínimo que está na Constituição e sejam os profissionais com pior remuneração do país. Estamos firmes nessa que será uma das principais batalhas de 2023 na educação fluminense. A escola pública é capaz de transformar vidas e realidades, não é justo que aqueles e aquelas que são os grandes responsáveis por essa transformação sejam tão desvalorizados”, afirmou o parlamentar. “Contem com o nosso mandato para estar na linha de frente dessa luta. Não descansaremos enquanto Cláudio Castro não pagar o piso nacional do magistério no Rio de Janeiro”, prometeu o psolista.
A instalação da Frente é uma compensação pela perda da presidência da Comissão de Educação da Alerj, que comandou no último mandato. O novo presidente da Comissão é o deputado Alan Lopes (PL), que pretende resgatar o projeto “Escola sem Partido”. Serafini tentou permanecer à frente da Comissão, reunindo 7.500 assinaturas de eleitores para pressionar o novo presidente da Alerj, Rodrigo Bacelar (PL). Em vão.
Cláudio Castro, em seu discurso na posse dos deputados estaduais, na Alerj, no dia 1º de fevereiro último, afirmou que uma de suas prioridades seria pagar o piso nacional aos professores da rede estadual. A correção salarial da categoria foi uma das promessas de campanha de reeleição do governador. Segundo a Secretaria de Estado de Educação, os acordos para o reajuste do magistério estão em andamento junto ao Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal.
O valor do novo piso é de R$ 4.420,36. No estado, de acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), professores com nível médio em regime de 40 horas, base de cálculo do piso nacional, recebem R$ 2.377,60 — bem abaixo do piso de 2022, que ficou em R$ 3.845,63.