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Presidente do Zimbábue abandona Davos por protestos em massa

Emmerson Mnangagwa, interrompeu a viagem ao Fórum Econômico Mundial, após protestos violentos em seu país de origem

Por Kaio Serra em 22/01/2019 às 10:07:40

Foto: Sunday News

O fórum da ONG Zimbabwe Human Rights diz que pelo menos 12 pessoas foram mortas e 78 tratadas por ferimentos de bala. O grupo de direitos humanos também diz que mais de 240 pessoas foram tratadas após serem agredidas ou torturadas, enquanto a oposição diz que as forças do governo atacaram pessoas em suas casas.

A ONU pediu ao governo que suspenda o "uso excessivo da força" pelas forças de segurança, em meio a relatos de buscas porta-a-porta e uso de munição real. O governo bloqueou os aplicativos de mensagens do Facebook, Twitter e WhatsApp na semana passada, até que um tribunal superior ordenou a restauração do acesso.

Os protestos iniciaram após o anuncio de um aumento acentuado no preço do combustível no início deste mês. Os aumentos de preços foram calculados para combater a escassez de combustível, mas significam que o Zimbábue agora tem o combustível mais caro do mundo, de acordo com a GlobalPetrolPrices.com . O litro da gasolina, em média, custa 3,31 dólares (R$12,46). No país não existe salário mínimo, mas os vencimentos médios de um zimbabuano são de 150 dólares mensais. O Zimbábue possui a moeda mais desvalorizada do mundo.

Muitos zimbabuanos, desgastados por anos de dificuldades econômicas, descobriram subitamente que não podem nem pagar a tarifa de ônibus para trabalhar. Isso levou a protestos massivos na capital, Harare, e na cidade de Bulawayo, no sudoeste do país.

 

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