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Exclusivo: Adolescente com doença rara realiza sonho de fã ao assistir show do Coldplay convidado pelo vocalista

História de Murilo Leal Rezende viralizou nas redes sociais e vocalista entregou convites vips à família do jovem

Por Marcos Vinicius Cabral em 18/03/2023 às 13:12:05

Roberto e o filho Murilo estão contando os minutos para o show do Coldplay. Foto: Arquivo Pessoal

Diagnosticado com a Síndrome de Bardet-Biedl - doença rara que pode fazer com que a pessoa perca a visão e tenha a audição afetada em pouco tempo -, Murilo Leal Rezende, de 17 anos, ainda não era nascido quando o Coldplay estourou no cenário musical com a canção "Yellow", em 2000. Passados 23 anos, o adolescente vai, ao lado dos pais, realizar o sonho de assistir a apresentação da turnê do álbum "Music of the Spheres" que os músicos ingleses vão fazer neste sábado (18), às 21h, no Estádio do Morumbi, em São Paulo. A família contou a história de Murilo, com exclusividade, ao Portal Eu, Rio!, no último sábado (11).

"Meu marido e eu ouvimos muito o Coldplay aqui em casa. Quando a banda lançou a canção 'Adventure of a Lifetime', no qual o clipe tem aqueles macacos, o Murilo ficou fascinado. O autista tem muito disso, de ver, ficar voltando e repetindo. Ele ficou o tempo todo assim e aí nasceu essa paixão pelo grupo", revelou Fernanda Leal e Silva Rezende, de 49 anos, mãe do Murilo.

E acrescentou: "O Murilo nasceu já com os sinais da doença. Por falta de recursos em diagnóstico para a época, não conseguimos detectar que ele era portador da Síndrome de Bardet Biedl. Os sintomas são a perda da visão, audição, olfato, obesidade, dedos extras e outras alterações", explicou, contando que a ideia de criar memórias afetivas para o adolescente partiu dela. O gosto pela banda, do pai.

Responsável pelo filho ter se tornado fã do Coldplay, Roberto acredita que a maneira com que os músicos da banda lidam com o mundo por meio das composições foi fundamental para que ele e o filho Murilo passassem a gostar do quarteto.

"Essa história é muito bacana. Ela começou com a minha paixão pelo Coldplay, pois acho o Chris Martin, vocalista da banda, um cara sensacional. As músicas dele levantam a autoestima de qualquer um. Com o Murilo não foi diferente, já que ele passa a maior parte do tempo comigo ouvindo as músicas, se envolvendo nas letras e nos clipes futuristas. Inclusive, até inglês ele começou a falar, coisa que eu, já velho, não falo", revelou o comerciante Roberto Rivelino Rezende, de 50 anos.

Sobre poder assistir ao show sendo convidados pelo próprio Chris Martin, é um sonho realizado por ele e - principalmente - por Murilo.

"Já tentei levá-lo em uma apresentação deles no ano passado. Como tenho dificuldade com aplicativo, não comprei os ingressos e acabou não acontecendo. Mas esta oportunidade só foi possível, graças a Deus e ao Marcelo, que fez a história do Murilo se tornar conhecida em uma live que contou com a participação de uma produtora de uma emissora de TV. A jornalista tem um filho também autista. A história tomou uma grande proporção e chegou ao Coldplay. Isso vem a ser um bálsamo para o momento que estamos vivendo. Acreditamos na cura!", profetizou Roberto.

Felizes com a realização do sonho do filho, os pais agradecem aos envolvidos para que a história tenha um final feliz para Murilo, principalmente à amiga Beth Moreno e ao Núcleo de Inclusão Autista (NAIA).

"Com o conhecimento do diagnóstico da perda da visão, sem cura e tratamento, decidimos criar memórias afetivas para ele nunca mais esquecer. Foi aí que a Beth Moreno e o NAIA nos ajudaram, engajando a campanha #murilonocoldplay. O negócio tomou uma enorme proporção, viralizou e chegou ao conhecimento da banda, que cedeu convites vips para nossa família. Murilo está contando as horas para realizar este sonho!", finalizou a mãe, feliz da vida.

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