Mesmo sem a autorização da prefeitura, blocos de carnaval desfilam no Rio. A abertura não oficial dos blocos de rua de 2019, começou no último dia 6 de janeiro. Mais de 20 blocos fizeram a alegria dos foliões pelas ruas do Rio.
Em 2010, o então prefeito Eduardo Paes assinou o decreto de lei Nº 32.664, que dispõe as normas e procedimentos para os desfiles de blocos canavalescos no Município do Rio, criando os blocos oficias.
Na contra mão dessa vertente, nasce o carnaval dos blocos não oficiais.
O movimento Desliga dos Blocos surgiu em 2009, com o objetivo de "lutar" contra a burocratização que o excesso de regras no decreto do ex-prefeito Eduardo Paes traz, tirando do carnaval de rua a liberdade e a criatividade.
Desliga é um movimento e não uma Liga que representa blocos, não há uma filiação. Os blocos que participam desse movimento concordam com o conjunto das ideias propostas.
"Estamos preocupados com o movimento de repressão, que vem assolando as manifestações culturais pela cidade e, com isso, produzindo ações junto ao Movimento Mais Carnaval e Menos Ódio. Para viabilizar estratégias que nos mantenham nas ruas, ocupando os espaços públicos, levando alegria, carnaval e conscientização de que carnavalizar também é uma forma de cidadania", comentou o advogado Edu Pereira, um dos Fundadores do Cordão Boi Tolo.
Edu Pereira, que também é um dos idealizadores do Deliga dos Blocos, disse que não necessita de patrocínio, mas sim da espontaneidade de músicos e foliões. Segundo ele, o objetivo é sair pelas ruas levando alegria sem se preocupar com a burocracia e com a comercialização do carnaval Carioca.
Luiz Otávio representante do Boi Tolo ressalta que "o gigantismo não é agradável para um bloco que não tem fins comerciais, mas nunca entendemos que isso retirasse nossa espontaneidade. No Boi Tolo, por exemplo, aplicamos estratégias para que o gigantismo não atrapalhe, mas sem privar ninguém da festa", declara.
Solicitamos a Riotur que é responsável pelo carnaval no Município do Rio, algumas informações sobre os blocos de rua, mas não fomos atendidos até o fechamento dessa matéria.