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CUT e Força Sindical promovem Primeiro de Maio unificado pela retomada de direitos trabalhistas

Centrais pedem queda dos juros, defesa de empresas públicas e regulamentação do trabalho por aplicativos

Por Portal Eu, Rio! em 01/05/2023 às 14:49:52

Primeiro de Maio Unificado leva às maiores capitais do Brasil reivindicações como a queda dos juros e a revogação da reforma trabalhista. Foto: CUT/Força Sindical

As centrais sindicais vão às ruas neste 1º de maio para pedir “Emprego, Renda, Direitos e Democracia”. Em São Paulo, a maior cidade do país, o ato do Dia do Trabalhador, começa às 10h, no Vale Anhangabaú. E vai contar com centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical. Neste ano, os trabalhadores trazem 15 reivindicações. Entre elas, a queda dos juros da economia, a defesa das empresas públicas e a regulamentação do trabalho por aplicativos.

A escolha do local carrega uma importante história, já que o Vale do Anhangabaú foi palco de protestos como o de 16 de abril de 1984, que reuniu um milhão e meio de pessoas nas ruas exigindo o fim do regime militar no Brasil e eleições diretas para presidente.

Outra reivindicação, é a valorização do salário mínimo, que, segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, deve ganhar força agora.

"O fato de ter eleito um governo mais democrático possibilita negociações diretas com o governo federal - haja visto agora essa negociação sobre o salário mínimo, onde nós vamos ter a mudança da legislação de reajuste do salário mínimo. Onde nós vamos ter o direito de ter a reposição das perdas da inflação, do custo de vista, mais o PIB de dois anos antes, o que daria condições de ter aumento real, além das perdas salariais".

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre os atos unificados do Dia do Trabalhador.

O lançamento do principal evento do Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras ocorreu na segunda-feira (3) nas ruas da capital paulista com ato e panfletagem no Largo da Concórdia e na Rua São Bento, altura do número 413, em frente ao Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, com caminhada pela região central.

Em 2023, o lema será “Emprego, Renda, Direitos e Democracia”. As centrais levam às ruas 15 reivindicações que tratam desde a política de valorização do salário mínimo até a regulamentação do trabalho por aplicativos e a defesa das empresas públicas (confira a pauta completa no final da matéria).

“As pautas vão de mudanças na legislação trabalhista até questões sociais e econômicas. Seguimos reforçando a luta pela democracia, tão atacada no último período pelo governo anterior. Temos muito que avançar em nosso país, principalmente em relação aos direitos sociais e trabalhistas que foram perversamente retirados da classe trabalhadora e de todo povo brasileiro”, afirma o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo.

Na capital paulista, as atividades começam a partir das 10h. As centrais aguardam a confirmação da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além do ato nacional na cidade de São Paulo, várias manifestações unificadas estão previstas em todo país.

Entre as atrações culturais no Vale do Anhangabaú, já estão confirmados os cantores Zé Geraldo, Leci Brandão, Toninho Geraes, Almirizinho, MC Sofia, Edi Rock e Dexter. Além de apresentação do grupo bloco Ilú Obá de Min, a discotecagem será com a DJ Maria Teresa.

Conheça as 15 pautas do 1º de Maio Unificado de 2023:

– Fortalecimento das negociações coletivas
– Mais empregos e renda
– Fim dos juros extorsivos
– Política de valorização do salário mínimo
– Direitos para todos
– Revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista
– Fortalecimento da democracia
– Aposentadoria digna
– Trabalho igual, salário igual – Convenção 156 (OIT)
– Valorização do servidor público – Convenção 151 (OIT)
– Contra o assédio moral, a violência e o racismo
– Revogação do “Novo” Ensino Médio
– Desenvolvimento econômico e social
– Regulamentação do trabalho por aplicativos
– Em defesa das empresas públicas

A revogação da reforma trabalhista sancionada em 2017, também está no foco deste 1º de maio. De acordo com as centrais sindicais, as mudanças retiraram direitos conquistados e atacaram a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, a CLT, que completa 80 anos, garantiu cidadania aos trabalhadores.

"Nós vivemos, no Brasil, aproximadamente 380 anos de escravidão. O empresariado, digamos assim, foi marcado por essa condição do trabalho escravo. E a luta social fez com que, em 1943, Getúlio Vargas decretasse a CLT e, com isso, garantir, digamos assim, a cidadania aos trabalhadores através da sua carteira profissional, através das férias, através de conquistas que foram feitas do século passado para cá".




Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil e Radioagência Nacional

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