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MPRJ denuncia oito pessoas por morte de menina imprensada entre carro alegórico e poste no Sambódromo

Denúncia aponta negligência, imperícia e imprudência na retirada da alegoria, sem aval dos Bombeiros para o desfile

Por Portal Eu, Rio! em 04/05/2023 às 07:05:46

Imprensada entre o carro alegórico e um poste, Raquel Antunes da Silva chegou a ser operada, mas não resistiu aos ferimentos. Foto: Agência Brasil

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área Centro e Zona Portuária, denunciou oito pessoas pelo homicídio culposo de Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, no setor de dispersão do Sambódromo, durante desfile da série ouro no Carnaval de 2022. Na ocasião, Raquel foi imprensada entre um poste e um carro alegórico da escola Em Cima da Hora e chegou a perder a perna direita em uma cirurgia complexa, mas acabou morrendo.

Foram denunciados o presidente administrativo da escola Em Cima da Hora, Flavio Azevedo da Silva; o presidente da LIGA-RJ, Wallace Alves Palhares; o diretor da LIGA-RJ, Cícero Cristiano André; o engenheiro civil Daniel Oliveira Junior; o coordenador de dispersão José Crispim da Silva Neto; o motorista do caminhão reboque Carlos Eduardo Cruz; o auxiliar de dispersão Rodney Dionizio Melo; e a integrante da LIGA-RJ Carla Ardelino.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem de Fabiana Sampaio, da Rádio Nacional, sobre a denúncia de oito pessoas pela morte da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, no desfile da Série Ouro no Carnaval de 2022.

De acordo com o MPRJ, os denunciados praticaram condutas que, isolada ou conjuntamente, por imperícia, negligência ou imprudência, resultaram na morte de Rachel da Silva. Ela estava em cima da alegoria e foi imprensada no momento em que o carro alegórico abre-alas da escola de samba Em Cima da Hora se chocou em um poste. A denúncia descreve as condutas de cada um dos denunciados que acabaram por criar e incrementar o risco do trágico acontecimento.

Em razão de problemas técnicos em seu motor, o carro alegórico necessitou de auxílio de um caminhão reboque Carvalhão para ser transportado da área de dispersão. Ocorre que, segundo a denúncia, isso foi feito de maneira descuidada e em condições perigosas, uma vez que o carro não ostentava condições ideais de utilização e nem apresentava o equipamento exigido para viabilizar seu reboque com segurança. Nesse sentido, a denúncia destaca que o carro desfilou sem autorização prévia do Corpo de Bombeiros Militar. Também ressalta que não havia pessoas suficientes na área de dispersão aptas a orientar o condutor do reboque e escoltar a alegoria, bem como não havia fiscalização por parte da LIGA-RJ (entidade responsável pelos desfiles da Série Ouro)

Flavio, Wallace, Cícero, Daniel e José foram denunciados por homicídio culposo qualificado. Rodney e Carla por homicídio culposo; e Carlos Eduardo foi denunciado por homicídio culposo na direção de veículo. A denúncia foi distribuída para a 29ª Vara Criminal da Capital.



Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

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