Perfil de Rita Lee no Instagram, em conjunto com o companheiro Roberto de Carvalho, anuncia a morte da cantora e compositora, a face mutante e irrequieta do rock e do pop no Brasil. Rita se tratava de um câncer desde 2021, e deixa um livro inédito, 'A Outra Autobiografia', em pré-venda. A primeira autobiografia foi recordista de vendas no Brasil. O velório, aberto ao público, será no Planetário do Ibirapuera, amanhã, quarta-feira, 10/5, das 10h às 18 horas.
Filha de imigrantes italianos e norte-americanos, desde nova Rita Lee demonstrou interesse pela música. Sua mãe era pianista e sua irmã mais velha ouvia discos de artistas como João Gilberto, Paul Anka, Dolores Duran, Connie Francis e Tito Madi. Foi aluna da pianista erudita Madalena Tagliaferro. Apenas na adolescência viria a ouvir rock, através dos discos de Elvis Presley.
Com 16 anos, formou a sua primeira banda, ao lado de três garotas, “The Teenager Singers”. Tony Campelo as ouviu e passaram, então, a fazer o coro para os Jet Blacks, Demétrius e Prini Lorez. Posteriormente, se juntariam ao “Wooden Faces”, dos irmãos Arnaldo Baptista Dias e Sérgio Baptista Dias, surgindo, daí, “O Seis”, que chegou a gravar um compacto duplo, ainda na década de 1960 e seria o embrião dos Mutantes.
Nos anos 80 lançou quatro livros infantis sobre Dr. Alex (um ratinho que lutava pela causa ambientalista)
No ano de 2016, pela Globo Livros, lançou o primeiro livro, intitulado “Rita Lee: Uma autobiografia” (com colaboração do jornalista Guilherme Samora), do qual vendeu cerca de 350 mil exemplares, permanecendo por quatro meses como o primeiro da lista dos mais vendidos na categoria “Não-ficção”. O livro ganhou o prêmio de “Melhor biografia”, da Associação Paulista de Críticos de Artes neste mesmo ano.
Em 2018 publicou o livro “FavoRita” (Globo Livros), também autobiográfico, com lançamento na Livraria Cultura, do Conjunto Nacional (Piso do Teatro), no centro de São Paulo. No ano seguinte, em 2019, lançou o livro infantil “Amiga ursa”, com ilustrações de Guilherme Francini, pela Globo Livros, sendo lançado na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. Ainda em 2019 a Globo Livros reeditou os quatro volumes dos livros infantis sobre o ratinho Dr. Alex.
Ouça no podcast do Eu, Rio! o perfil de Rita Lee, a 'Mãe do Rock', feito pelo jornalista e músico Leandro Martins.
No ano de 2018 a cantora, compositora e escritora Chris Fuscaldo publicou pela Editora Garota FM Books o livro “Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira”, no qual contou as histórias da banda paulistana através de seus discos. Em edição bilíngue (Português/Inglês), o livro foi lançado no Brasil e nos Estados Unidos, com distribuição no Japão. No ano seguinte, em 2019, o livro rendeu à autora o “Prêmio Profissionais da Música 2019”, na categoria “Livros Musicais”. Também lançou um livro de contos intitulado “Dropz”.
Em maio de 2021 foi diagnosticada com câncer no pulmão esquerdo. Durante todo o ano a cantora ficou reclusa em casa, saindo apenas para tomar as vacinas contra a Covid. Em abril de 2022 foi anunciado que a cantora estava curada do câncer.
Em fevereiro de 2023, foi internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em estado “extremamente delicado” para, de acordo com o marido Roberto de Carvalho, exames e avaliações.
Múltipla, popular e inovadora, mais certo falar em 'Ritas' Lee, plural e pioneira
Em texto para o Instituto Cravo Albin, Arthur Dapieve, resume a diversidade e as ricas contradições de Rita Lee, do rock ao pop, do Tropicalismo aos 'chicletes de ouvido'.
'Era uma vez uma menina brasileira improvável – nome americano, olhos claros, sardas, cabelos cor de milho –, fazendo música brasileira improvável – rock ‘n’ roll, música clássica, bolero, solo de tampinha de Coca-Cola. Ainda mais improvável: deu tudo certo, tão certo que Rita Lee Jones foi primeiro sucesso de crítica, depois de público. Não deixa de ser irônico e injusto que as coisas tenham acontecido precisamente nestes termos, “primeiro” e “depois”. Rita teria sido consagrada mãe do robusto roque brasileiro – com todas as infinitas possibilidades do abrasileiramento da palavra “rock” –, se justamente no momento de maior afirmação do gênero no país, os anos 80, ela não estivesse nadando em outra praia. Como estava, ficou relegada à categoria das tias-sobre-as-quais-não-se-gosta-de-falar.
A história, sempre ela, há de fazer-lhe justiça, amarrando as duas pontas da carreira dessa moça que sempre gostou de farra. Primeiro, a farra levava o nome coletivo de Os Mutantes, banda de rock que Rita levou adiante com os irmãos Dias Baptista, Arnaldo e Sérgio. Juntos, em canções como “Ando meio desligado” e “El justiceiro”, os três arrombaram a festa da linha evolutiva da MPB, na companhia de seus incentivadores Caetano Veloso e Gilberto Gil. Foi a época do sucesso de crítica, a época da Tropicália (posteriormente redescoberta e cultuada por americanos como Kurt Cobain e Beck). Depois, Rita percebeu que os caminhos dos Baptista se afastavam do grande público e – solo, com o Tutti Frutti ou com o marido Roberto de Carvalho – passou a flertar cada vez mais intensamente com ele em finas canções de apelo fácil, como “Mania de você” ou “Lança-perfume”. Entre o “primeiro” e o “depois”, porém, houve uma Rita Lee capaz de fugazmente conciliar as ambições artísticas da juventude com as ambições comerciais da maturidade. Foi a Rita Lee de “Ovelha negra”, sua carta de intenções artísticas.'
Arthur Dapieve
Mutantes renovaram a MPB desde a primeira aparição, ao lado de Gilberto Gil
Apareceu inicialmente em 1967 no “III Festival de Música Popular Brasileira”, da TV Record. Na época, integrava o grupo de rock Mutantes, indicado por Ronny Von para acompanhar Gilberto Gil na música “Domingo no parque”, com arranjo de Rogério Duprat e classificada em segundo lugar no mesmo festival. No ano posterior, em 1968, o grupo participou da quarta edição do mesmo festival, também realizado no Teatro Record (SP), obtendo o quarto lugar com a composição “Dois mil e um” (Rita Lee e Tom Zé). Ainda como membro do grupo, em 1970, lançou seu primeiro disco solo, “Build up”, cujo repertório foi retirado de sua apresentação no show-desfile para a Rhodia.
Casou-se com Arnaldo Baptista, um dos integrantes do grupo.
Em 1972 lançou o LP “Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida”, o último com a participação dos Mutantes, grupo no qual atuou como principal vocalista. Neste mesmo ano desfez o casamento com Arnaldo Baptista, deixou a banda e seguiu carreira solo. No ano seguinte, em 1973, uniu-se a Lúcia Turnbull e formou As Cilibrinas do Éden, grupo que resultaria no Tutti Frutti, banda que a acompanhou no LP “Atrás do porto tem uma cidade”, lançado pela Philips, no ano posterior, em 1974. Por discordar da forma como a gravadora lidava com a promoção do disco, assinou com a Som Livre. Lançou, então, “Fruto proibido”, em 1975, vendendo 200 mil cópias, um recorde de vendas, em termos de rock na década de 1970, destacando-se deste LP a faixa “Esse tal de roque enrow”, em parceria com o futuro escritor Paulo Coelho. No ano seguinte, em 1976, lançou “Entradas e bandeiras”, disco gravado em período bastante conturbado da sua vida. Devido a uma estafa, esteve afastada do processo de mixagem do LP. Além disso, grávida de três meses do compositor e guitarrista Roberto de Carvalho, foi presa em sua casa, onde policiais encontraram maconha, haxixe e LSD. Foi condenada a um ano de prisão domiciliar, tendo que pedir permissão para se internar, quando do nascimento do seu primeiro filho. Na época, fazia temporada no Teatro Aquarius, em São Paulo.
No ano de 1977 o grupo Tutti Frutti foi dissolvido. Com Gilberto Gil gravou o LP “Refestança ao vivo”, resultado de uma excursão de sucesso em todo Brasil. Sua composição “Loco-motivas”, além de dar título à novela da Rede Globo, foi o tema de abertura da mesma.
A partir de 1979 formou dupla com o marido Roberto de Carvalho. Desta fase resultou os seus maiores sucessos, tais como o disco “Mania de você”, do mesmo ano, e o LP “Lança-perfume”, em 1980, que vendeu 800 mil cópias no Brasil e no exterior, tendo permanecido nas paradas de sucesso em Paris durante várias semanas. Na mesma linha pop-romântico, continuou fazendo sucesso nos dois anos seguintes, com músicas como “Saúde” e “Flagra”.
No ano de 1982, suas composições “Flaga” e “Atlântida”, foram sucessos nacionais, executados em emissoras de rádio e televisão. No ano posterior, em 1983, fez shows pelo Brasil com a turnê “Tour Brasil 83”, marcada por efeitos especiais e sucesso de público. No mesmo ano, lançou “Bom bom”, disco que, mesmo não trazendo nenhum sucesso, ultrapassaria a marca de 400 mil cópias vendidas.
No ano de 1985, faria, de acordo com seu próprio depoimento, um dos seus piores shows, na primeira edição do Rock-in-Rio. Por motivos pessoais afastou-se dos palcos e da mídia, o que acabou dando margem a boatos de que estaria com leucemia. Com apenas quatro dias para ensaiar, após estar longe dos shows por quase dois anos, sua performance foi aquém do esperado. Porém, dois meses depois, seria premiada no “Festival de Viña del Mar”, Chile, com o mesmo show. No mesmo ano, retornaria ao estúdio para gravar “Rita e Roberto”, LP mais trabalhado e com alguma influência do rock dark-gótico, estilo que estava em voga na época.
A partir de 1986, viria a apresentar o programa “Rádio Amador”, pela Rádio 89 FM de São Paulo. O programa teve edições no Rio de Janeiro, pela Rádio Cidade FM, e, posteriormente, em Portugal.
Em 1987, assinou contrato com a EMI para os três discos seguintes. Lançado no mesmo ano, o LP “Flerte fatal” foi mal recebido pela crítica, o que a levou a se afastar da imprensa por algum tempo. No mesmo ano, promoveu a turnê Tour 87/88, fazendo shows no Brasil, América Latina e Europa.
Cumpriu o contrato com a EMI até 1990, quando a dupla com o marido se dissolveu. Nesse período, afastou-se dos palcos e participou da novela “Top Model”, da Rede Globo, e do filme “Dias melhores virão”, dirigido por Cacá Diegues, no qual atuou ao lado de Marília Pera. Retornou aos palcos somente em 1991, com o show “Rita Lee em bossa n roll” que circulou pelo Brasil e Europa ao longo de dois anos. Acompanhada apenas pelo violonista Alexandre Fontanetti, incluiu no repertório antigos sucessos e “covers”, em um formato acústico e intimista. Devido ao sucesso da turnê, lançou, pela Som Livre, o LP ao vivo “Rita Lee em bossa n roll ao vivo”, um êxito que vendeu 350 mil cópias. No ano seguinte, participou de uma novela da Rede Globo, “Vamp”, e em 1993 lançou o CD “Rita Lee/Todas as mulheres do mundo”. Apesar de bem recebido pela crítica, o disco foi um fracasso comercial.
A pedido de Mick Jagger, abriu, com o Barão Vermelho e a banda americana Spin Doctors, a primeira turnê dos Rolling Stones no Brasil, no verão de 1995. No mesmo ano iniciou a turnê “A marca da Zorra” e recebeu uma homenagem na primeira cerimônia de entrega dos prêmios da MTV brasileira.
Em 1996 foi premiada por ser a primeira mulher e artista do cenário pop-rock a ganhar o “Prêmio Shell de Música Popular Brasileira”.
Em 1998 foi homenageada no “Prêmio Sharp de Música”. Neste ano, retornou ao formato acústico, com o show e CD “Acústico”, elogiados pela crítica e sucesso de público.
No ano 2000, dois discos seus foram editados: o primeiro, “Rita reelida”, composto por remixes de sucessos como “Mania de você”, “Lança-perfume” e “Baila comigo”, efetuados por DJ´s; o segundo, “3001”, com músicas inéditas, inclusive a faixa-título, em parceria com Tom Zé e Roberto de Carvalho.
Considerado o mais roqueiro dos seus últimos discos, o CD trouxe também “Pagu”, parceria da compositora com Zélia Duncan.
Em 2001, lançou, pela Abril Music, o disco “Aqui, ali, em qualquer lugar”, para o qual fez versões em português de algumas composições dos Beatles. O show de lançamento do CD foi no Canecão, no Rio de Janeiro. Logo depois, seguiu, em turnê, por cidades brasileiras. Posteriormente, em 2002, a gravadora Som Livre lançou a coletânea “Novelas”, disco no qual foram compilados 16 sucessos da compositora que fizeram parte de trilhas sonoras das novelas da Rede Globo: “Esse tal de roque enrow” (c/ Paulo Coelho – novela Bravo, 1975), “Agora é moda” (c/ Lee Marcucci – novela Dancin days, 1978), “Chega mais” (c/ Roberto de Carvalho – novela Chega mais, 1980) e “Minha vida”, versão de Rita Lee para “In my life” (Lennon & McCartney), incluída na novela “Desejos de mulher”, apresentada em 2002.
No livro “Driblando a censura – De como o cutelo vil incidiu na cultura”, de Ricardo Cravo Albin, constam relatos de três composições suas proibidas pela censura e liberadas logo depois pelo Conselho Superior de Censura. As canções eram “Muleque sacana”, em parceria com Mú Carvalho (ex-Cor do Som), “Bobagem” (c/ Lúcia Turnbull) e “As duas faces de Eva”. O Conselho Superior de Censura tinha como função provocar a transição de um Estado de Exceção para um Estado de Direito, atuando, incisivamente, entre os anos de 1979/1989, na liberação de músicas, livros, peças, novelas, filmes e outras obras intelectuais proibidas pelo regime militar.
Em 2003, ao lado de Frejat, Cláudio Zolli, O Rappa e Capital Inicial, apresentou-se no “Festival Oi de Inverno de Itaipava”, distrito de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Lançou seu 31º disco de carreira, “Balacobaco” (Som Livre), do qual se destacam as faixas “Amor e sexo”, em parceria com o cineasta e cronista Arnaldo Jabor; “Tudo vira bosta”, parceria com o comediante e apresentador Moacyr Franco; “Já te falei” (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte e Dadi Carvalho); “Hino dos malucos”, em parceria com Alexandre Machado e Fernanda Young (criadores do programa “Os Normais”) e ainda “Balacobaco”, “Copacabana Boy”, “Nave terra”, “As minas de Sampa”, “A gripe do amor”, “Eu e mim”, “A fulana”, parcerias com Roberto de Carvalho. Sua composição “Amor e sexo”, na qual musicou uma crônica de Arnaldo Jabor, foi incluída na trilha da novela “Celebridade”, da Rede Globo. Ao lado de Marisa Orth, Mônica Waldvogel e Fernanda Young, apresentou durante o ano de 2004 o programa “Saia justa”, no canal a cabo GNT. Neste mesmo ano fez diversos lançamentos do disco “Balacobaco” em vários espaços e no Canecão, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano lançou o CD e DVD “MTV ao vivo”, no qual contou com as participações de Pitty na faixa “Esse tal de roque enrow” (c/ Paulo Coelho) e ainda de Zélia Duncan na faixa “Pagú”, parceria de ambas. Também foram incluídos alguns sucessos de carreira: “Saúde”, “Mãe natureza”, “Baila comigo”,, “Tudo vira bosta”, “Caso sério” e “Panis et circenses”, de Caetano Veloso e Gilberto Gil. No CD também foram incluídas as inéditas “Coração babão” e “Meio fio”, parceria com Roberto de Carvalho e o letrista Arnaldo Antunes.
Em 2005 sua composição “Amor e sexo” (c/ Arnaldo Jabor), música de trabalho da cantora, alcançou o nono lugar, segundo o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direito Autoral), como uma das músicas mais executadas nos primeiros meses do ano.
Dados artísticos de 2006 até 2016
No ano de 2006 foi lançado, pela gravadora Som Livre em parceria com a gravadora Trama, a Globo Marcas e a Lereby o CD e DVD “Rita Lee Jones”. Gravado em 1980 o especial para a Rede Globo na “Série Grande Nomes” com direção de Daniel Filho e produção musical de Guto Graça Mello, além de reunir músicos do primeiro time da MPB, tais como Lee Marcucci (baixo), Lincoln Olivetti (teclados), Robson Jorge (guitarra), Chico Batera (percussão), Léo Gandelman e Oberdan Magalhães (saxofones). No DVD foram incluídos vários sucessos da época, assim como outros anteriores da cantora, entre eles “Mania de você”, “Lança-perfume”, “Baila comigo”, “Doce vampiro”, “Caso sério” e “Bem-me-quer”. No ano seguinte, em 2007, lançou o CD “Biograffit”.
Em 2009 lançou o CD 2009 – Rita Lee Multishow Ao Vivo”, indicado como “Melhor Álbum Pop Contemporâneo em língua portuguesa”.
No ano de 2010, estreou turnê em Belo Horizonte interpretando sucessos da carreira tais como “Atlântida” “Vírus do Amor” e “Luz del Fuego”. A turnê percorreu São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, dentre outras capitais do país, além de Buenos Aires (Teatro Gran Rex). Dois anos depois, em 2012, fez o último show no Circo Voador, quando anunciou a aposentadoria dos palcos:
“Me aposento dos shows, mas da música nunca”
Ainda em 2012, a escola de samba paulista Águia de Ouro teve como tema de enredo a Tropicália, em homenagem que reuniu no desfile a cantora, Caetano Veloso, Gilberto Gil, além de Wanderléia, Cauby Peixoto e Angela Maria.
Lançou, ainda em 2012, um novo disco com inéditas intitulado “Reza”, que teve a faixa-título incluída na trilha sonora da novela “Avenida Brasil”, da Rede Globo. O CD também foi indicado ao “Grammy Latino”, na categoria de “Melhor Disco Pop Contemporâneo”. No ano posterior, em 2014, nas comemorações de 459 da cidade de São Paulo, apresentou-se em show no vale do Anhangabaú. Neste mesmo ano, de 2014, estreou o musical “Rita Lee Mora ao Lado”, baseado no livro homônimo de Henrique Bartsch e estrelando por Mel Lisboa.
Em setembro de 2021, a cantora e compositora inaugurou exposição com seu acervo pessoal de figurinos, objetos, instrumentos e imagens no Museu da Imagem e do Som, em São paulo. No mesmo ano lançou a primeira música inédita em nove anos: “Change”. A música é uma parceria com Roberto de Carvalho, também marido da cantora. A coprodução foi de Gui Boratto.
Em junho de 2022, o filho mais velho, o músico Beto Lee, estreou o show CeLEEbration, com sucessos dos mais de 50 anos de estrada de Rita Lee. No show, foram apresentados sucessos como “Saúde”, “Lança Perfume”, “Ovelha Negra”, “Ando Meio Desligado”, “Agora Só Falta Você”, “On The Rocks”, “Mania de Você” e “Banho de Espuma”. A banda que subiu ao palco do Teatro Liberdade, local da estreia do show, tinha músicos que já participaram da banda de Rita, como Lee Marcucci (baixo), Debora Reis (vocais), Danilo Santana (teclado), Edu Salvitti (bateria) e Rogerio Salmeron (guitarra).