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Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal: especialista fala sobre tratamentos

Doença não tem cura, mas tratamentos freiam sua evolução

Por Portal Eu, Rio! em 19/05/2023 às 13:50:54

Foto: Divulgação

Hoje, sexta-feira (19), é comemorado o Dia da Doença Inflamatória Intestinal, data importante para conscientizar a sociedade sobre a doença que afeta cerca de 10 milhões de pessoas no mundo, segundo o Ministério da Saúde. A doença não possui cura, mas os tratamentos melhoram a vida do paciente que convive com ela. A especialista em medicina ortomolecular e tratamento preventivo, Márcia Umbelino, explica: "As doenças inflamatórias intestinais surgem por uma reação inadequada e agressiva do sistema imunológico às bactérias naturais do intestino. Ou seja, o organismo ataca a parede de tecido do intestino, provocando feridas. Com o decorrer do tempo, sem tratamento, ela pode desencadear problemas graves como um câncer no intestino”, conclui a médica.

Existem diferentes tipos de doenças inflamatórias intestinais. Porém, as principais são a doença de Crohn, que é uma inflamação intestinal que atinge todo o sistema digestivo, desde a boca até o ânus, e a retocolite ulcerativa, que pode atingir partes ou todo o intestino grosso. A especialista sinaliza sobre os sintomas que as doenças causam. “As doenças causam diferentes consequências, mas têm os sintomas em comum: desconforto abdominal; sensação de barriga estufada; dor; cólicas; alternância entre períodos de diarreia e de prisão de ventre; flatulência (gases) exagerada; sensação de esvaziamento incompleto do intestino; e queimação. Esses sintomas ainda se agravam na ingestão de alimentos e bebidas que contenham cafeína, álcool e muita gordura", acrescenta Márcia.

A doença geralmente se manifesta entre os 14 e 24 anos e pode ter diversas causas:

* Contrações exageradas depois da ingestão de alimentos gordurosos ou em resposta ao estresse;

* Hipersensibilidade dos receptores nervosos da parede intestinal à falta de oxigênio, distensão, conteúdo fecal, infecção e às alterações psicológicas;

* Níveis elevados de neurotransmissores (como a serotonina, por exemplo) no sangue e no intestino grosso;

* Infecções e processos inflamatórios;

* Depressão e ansiedade.

* Predisposição do organismo a ter inflamações

O paciente com sintomas ou diagnóstico precisa realizar tratamentos que diminuam essa inflamação. A médica explica as alternativas. “O paciente pode realizar diferentes tipos de tratamento. Infelizmente, DII não tem cura. Porém, pode ser melhor controlada, levando a uma qualidade de vida a quem a desenvolveu. A soroterapia é uma alternativa por ser uma técnica que coloca substâncias anti-inflamatórias, de forma endovenosa, sendo absorvidas de maneira mais rápida e eficaz pelo organismo. O uso da canabinoide também pode ser outra alternativa, pois o corpo possui receptores para a substância, sendo que um dos lugares é o intestino. Pesquisas indicam que o medicamento diminui consideravelmente os sintomas, além de possuir características anti-inflamatórias. Além dos medicamentos, o paciente também deve possuir uma boa alimentação para reduzir sintomas e controlar os danos da doença”, completa a especialista.

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