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Falso motorista de aplicativo é preso por suspeita de estupro de jovem de 15 anos em Bangu

Suspeito, de 34 anos, usou informações falsa no cadastro e teria feito mais de mil corridas

Por Leonardo Pimenta em 14/02/2019 às 21:20:13

Foto: Divulgação PCERJ

A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta (14/02), um motorista do aplicativo Uber, por suspeita de estupro de uma jovem de 15 anos que ia para escola em Bangu, na Zona Norte do Rio. Segundo a polícia, o suspeito, de 34 anos, recebeu um chamado através do aplicativo feito pelos pais da jovem que entrou sozinha no carro. Durante o trajeto, o motorista encerrou a corrida e levou a jovem para um matagal, onde praticou o abuso sexual.

Os agentes da polícia, após a denúncia, fizeram um retrato falado do suspeito e, ao consultar os dados informados no aplicativo, descobriram que o homem usava um cadastro com informações falsas. O Núcleo de inteligência da polícia fez então um levantamento através do banco de imagens da instituição e conseguiu identificar o suspeito.    

“Pedimos o cadastro na empresa. A foto é dele, mas os dados são de outra pessoa. Tínhamos um rosto, mas não sabíamos quem era”, disse o delegado Adilson Palácio, titular da especializada. “Nosso núcleo de Inteligência fez um levantamento e conseguiu identificar quem era o dono daquele rosto. Ele, então, reconheceu que era ele mesmo”, disse o delegado para uma emissora de TV.

Segundo o delegado titular, o homem tem uma filha com a mesma idade da vítima e já atuava como motorista do aplicativo desde outubro, tendo realizado em torno de mil corridas. Adilson relatou que alguns passageiros serão chamados para depor e, assim, verificar se o motorista não abusou de outras vítimas.  

“Queremos saber se ele fez mais vítimas no período. Vamos intimar a direção da empresa para saber quais protocolos de segurança estão sendo adotados. E saber quem são essas pessoas. Não se sabe mais com quem se está pegando carona”, afirmou Adilson Palácio.

A Uber, em nota, disse que “lamenta o crime terrível que foi cometido e se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações, observada a legislação brasileira aplicável. A empresa repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. Todas as viagens são registradas por GPS. Isso permite que, em caso de necessidade, nossa equipe especializada possa dar suporte às autoridades, compartilhando informações sobre motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado, além de acionar seguro que cobre despesas médicas em caso de incidentes.

Como parte do processo de cadastramento para utilizar o aplicativo da Uber, todos os motoristas passam por uma checagem de antecedentes criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos pelo próprio motorista e com consentimento deste, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o País em busca de apontamentos criminais, na forma da lei.

Além disso, a Uber utiliza uma ferramenta de "verificação de identidade em tempo real". De tempos em tempos, o aplicativo pede, aleatoriamente, para que os motoristas parceiros tirem uma selfie antes de aceitar uma viagem ou de ficar on-line, para ajudar a verificar se a pessoa que está usando o aplicativo corresponde àquela da conta que temos no arquivo. Isso ajuda a prevenir fraudes e protege as contas dos condutores de serem comprometidas”.

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