André Luiz do Nascimento Soares e sua filha Samara Kiffini do Nascimento Soares, acusados de agredirem a médica Sandra Lúcia, durante plantão no Hospital Municipal Francisco da Silva Teles, tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (18/7), na Central de Custódia de Benfica.
Os dois foram presos em flagrante no fim de semana após um incidente no Hospital Municipal Francisco da Silva Teles. Consta nos autos do processo que eles causaram danos ao hospital e agrediram a única médica de plantão, Sandra Lúcia. Em meio à confusão, a paciente Arlene Marques da Silva, que se encontrava em estado grave, não recebeu os cuidados médicos necessários exigidos por seu quadro clínico por conta da situação e acabou falecendo.
A decisão foi baseada na gravidade dos fatos delituosos, cometidos com violência ou grave ameaça contra a pessoa. “Verifica-se que os custodiados foram capturados em flagrante logo após causarem danos no hospital Municipal Francisco da Silva Teles, agredirem a única médica de plantão Sandra Lúcia na unidade hospitalar no momento, além de influenciarem diretamente na morte da vítima Arlene Marques da Silva que se encontrava em estado grave. Conforme se constatou, a paciente em questão estava sendo monitorada o tempo todo pela equipe médica de plantão, mas em razão das agressões e do tumulto generalizado causados pelos custodiados a paciente ficou sem acompanhamento médico, vindo a óbito”, destaca a decisão.
Nos autos, as ameaças e agressões foram registradas. De acordo com o processo, no momento da agressão, André estaria com a mão direita atrás da bermuda dando a entender que estava portando arma de fogo e tentou socar a médica, que conseguiu desviar e colocou a mão no pescoço dele para tentar afastá-lo. Em seguida, o agressor socou o rosto da médica mais de uma vez e jogou-a no chão.
Ainda de acordo com os autos, Samara teria dito à médica: “Você está prejudicando a minha filha e vou dar na sua cara! Vou te quebrar!”
O Ministério Público pediu a homologação da prisão em flagrante e a conversão da prisão preventiva. Já a defesa dos custodiados, por sua vez, requereu o relaxamento da prisão em flagrante e a concessão de liberdade provisória aos dois.
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro