Na entrevista coletiva concedida pelo presidente do Fluminense, Pedro Abad, neste sábado (16), não houve mudança na decisão tomada na reunião anterior na Ferj. O setor Sul será mesmo ocupada pela torcida vascaína na final da Taça Guanabara, domingo (17), às 17h.
Apenas o presidente tricolor procurou esclarecer o posicionamento do clube, lamentar a postura do atual representante do Consórcio Maracanã e convocar a torcida para ocupar o setor norte, embora não vá haver venda na sede do clube, em Laranjeiras.
Abad alertou que o descumprimento da decisão judicial e todo desenrolar da história envolvendo a briga dos dois clubes pelo mesmo setor no Maracanã poderá causar confusão e, caso ocorra, irá responsabilizar as pessoas corretas.
Com a preocupação ao ambiente formado pelo enfrentamento dos dirigentes e polêmica criada, o comandante do BEPE - Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos, tenente-coronel Silvio Luiz anunciou que usará um efetivo ainda maior do que o empregado no FlaxFlu, com atenção especial à área externa do estádio.
Veja abaixo trechos do que foi dito por Pedro Abad na entrevista coletiva:
- Passaram vários mandatários no Vasco e no Maracanã e nunca havia acontecido, Mauro Darzé resolveu mudar o procedimento, ficou clara essa posição. Tendo o sorteio dado o mando de campo para o vencedor da outra semifinal, já prevendo a confusão, no apito final do Fla x Flu enviei mensagem para lembrar da condição e Darzé desconversou.
- O Maracanã foi notificado pessoalmente, eu fui lá, o Vasco deu início às vendas, e entendemos que o consórcio deveria avisar ao seu cliente, então fomos à Justiça, que proferiu liminar concedendo o Setor Sul ao Fluminense. Nossos advogados foram a São Januário, onde foram ameaçados. Houve descumprimento expresso e deliberado de ordem judicial.
- O Vasco pode jogar no Maracanã quando quiser, operar o estádio quando quiser, mas o lado Sul, quando o Fluminense estiver em campo, é do Fluminense. Um direito contratual.
- Coloquei muito claramente as questões ao presidente da Ferj, Rubens Lopes, que confusões estavam sendo causadas pelo Maracanã. O Consórcio tomou partido de um clube com o qual não tem contrato comercial.
- Poucas pessoas conhecem dos meandros do futebol como Eurico Miranda, se nem ele conseguiu isso, só pode ser uma questão de quem está administrando o estádio. O direito do Fluminense foi reconhecido judicialmente.
- Não jogar seria romper um contrato com a Globo, com a Ferj, então vamos jogar com força máxima para ganhar o jogo. Quero dizer que vamos lutar pelos nossos direitos e em defesa de nossos interesses. O Fluminense entende que deve continuar brigando por aquilo que é correto. Mas agora é hora de focar no jogo e deixar o nosso jurídico trabalhar.
- O Fluminense não foge da briga e, mesmo em desacordo, eu quero chamar os nossos torcedores. Nossos jogadores estão treinando ao máximo, quero que vocês lotem o setor que não é o nosso e vamos lá para torcer. Ir para o jogo apoiar o nosso time, nossa torcida no gogó é a melhor disparada, o Fluminense precisa de vocês. Precisamos da sua presença no estádio. Vamos para a guerra. Nosso clube é conhecido como o Time de Guerreiros, convoco a uma guerra saudável. Se tiver confusão, vamos colocar a responsabilidade nas pessoas corretas. Fluminense vai quente caso algum torcedor nosso tenha problema por desencontro de setores no estádio.
- Não abrimos ponto de vendas nas Laranjeiras. Os ingressos estão à venda para o Setor Norte, mas aqui nas Laranjeiras não vamos vender.