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Apreensões da Operação Élpis deixam investigação mais perto dos mandantes da morte de Marielle Franco

Ministério Público e PF avaliam que ação desta segunda completa identificação e prisão de executores da vereadora

Por Portal Eu, Rio! em 24/07/2023 às 15:15:35

Promotor de Justiça Fábio Corrêa destacou relevância das pistas da Operação Élpis para a identificação dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Foto: Ascom MPRJ

A Operação Élpis conclui a primeira fase das investigações, com a identificação e prisão dos executores de Marielle Franco e Anderson Gomes, com a compreensão da dinâmica do atentado. E, a partir das apreensões feitas, traz novos elementos aos autos, fundamentais para que sejam identificados os mandantes do crime. Este balanço foi feito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A entrevista coletiva foi realizada na sede da PF, na Praça Mauá, no início da tarde. Participaram o promotor de Justiça Fabio Corrêa, coordenador do Gaeco/MPRJ; os promotores Eduardo Morais Martins e Paulo Rabha de Mattos, integrantes da Força-Tarefa, o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Leandro Almada, e os delegados da PF Jaime Cândido e Guilhermo Catramby falaram sobre as investigações.

Na manhã desta segunda (24/7) , o MPRJ deflagrou a Operação Élpis (Esperança, em grego), por meio da Força-Tarefa Marielle e Anderson (FTMA) e do GAECO/MPRJ, em conjunto com a Polícia Federal, na manhã desta segunda-feira (24/07), na investigação que apura o duplo homicídio . Após nova denúncia oferecida à Justiça contra o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, como partícipe do duplo homicídio e tentativa de homicídio contra a assessora da parlamentar, promotores de Justiça e delegados cumpriram um mandado de prisão preventiva contra o acusado e sete mandados de busca e apreensão contra outros seis investigados. A ação contou com o apoio da CSI/MPRJ.

Com o auxílio da Polícia Penal Federal, o ex-PM Élcio de Queiroz firmou delação premiada com a PF e com o MPRJ, ocasião em que deu detalhes do atentado. Ele segue preso desde 2019, assim como o ex-policial reformado Ronnie Lessa, denunciados pelo MPRJ como executores. Os dois serão julgados pelo Tribunal do Júri pelo crime. Em sua delação, Élcio apontou a participação de Maxwell Simões Corrêa, confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. Na decisão do juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, que determinou a prisão do ex-bombeiro, é citada a sua ligação com Ronnie Lessa. Maxwell teria ajudado a monitorar os passos de Marielle e participado, um dia após o crime, da troca de placas do veículo Cobalt, usado no assassinato, se desfeito das cápsulas e munições usadas, assim como providenciado o posterior desmanche do carro.

“Segundo o delator, Maxwell participou da manutenção e guarda do carro, da vigilância da vereadora e, após o crime, auxilia os executores a trocar as placas do veículo, a contactar a pessoa responsável a se desfazer do carro. Ele também auxiliava na defesa dos acusados, fora outras questões, como o auxílio a se desfazer das armas. Isso demonstra que, em liberade, ele continuaria a se desfazer de provas. Foi o que constou no pedido acolhido pelo Judiciário”, informou o promotor de Justiça Eduardo Martins ao detalhar os motivos do pedido de prisão. “O colaborador, diante das provas apresentadas, permanece preso dada a robustez das provas que, até o momento, foram colhidas”, complementou o coordenador do GAECO/MPRJ, Fábio Corrêa.

O MPRJ dispõe de uma força-tarefa dedicada a identificar o mandante do assassinato de Marielle e Anderson, integrada por sete promotores de Justiça. A FT-MA foi nomeada pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, que estabeleceu prioridade ao caso. Em fevereiro deste ano, o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, foi recebido pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília. O encontro tratou do apoio federal a investigações no estado, com destaque para as estratégias de combate ao crime organizado e as apurações que buscam identificar o mandante dos assassinatos da vereadora e de seu motorista, ocorridos em 2018. O foco era fortalecer a Força-Tarefa do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) já existente e dedicada, exclusivamente, a esse objetivo.

Em março deste ano, Luciano Mattos, recebeu a visita do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Leandro Almada. No encontro, trataram da cooperação entre as duas instituições em investigações e discutiram estratégias relacionadas ao inquérito que apura os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.



Fonte: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

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