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E a gente que decide?

Crivella vai debater futuro da ciclovia com vários segmentos da sociedade carioca

Obra teve desabamento e várias interdições desde quando foi aberta


O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, esclareceu nesta segunda-feira (18/02) como será o amplo debate com a sociedade Carioca sobre o futuro da ciclovia Tim Maia, que liga a orla da Zona Sul à Barra da Tijuca.

Crivella explicou que além da comissão de técnicos que já está debruçada sobre o tema, vai buscar o diálogo com a Câmara dos Vereadores, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, peritos,  associações de moradores e com ciclistas para recolher opiniões e sugestões sobre tema. 

O prefeito repetiu que há intenção de propor uma consulta pública à população para que ela, devidamente informada sobre custos e questões técnicas, opine se a ciclovia deve ou não ser retirada. 

Um trecho da pista para bicicletas desabou no último dia 6, devido ao deslizamento de um trecho da encosta da Avenida Niemeyer, provocado por fortes temporais.

"Foram gastos na obra da ciclovia em torno de R$ 50 milhões. Para retirá-la serão mais R$ 10 milhões ou R$ 15 milhões. E também faremos obra na encosta da Niemeyer, independentemente de ter ciclovia ou não. Isso tudo vai ser debatido com Câmara dos Vereadores, Ministério Público, Tribunal de Contas, peritos e associações de moradores e de ciclistas, para então, depois, fazermos uma consulta pública. Mas para a população decidir é preciso que as pessoas tenham as informações completas de quanto a ciclovia custou, de quanto vai custar para retirá-la, de quanto vai custar para mantê-la fechada nas tempestades e de quanto vai custar a obra de contenção de encosta na Niemeyer", explicou o prefeito.

Crivella destacou que, por duas vezes, aconteceram acidentes com possibilidades remotas na ciclovia. Em 2016, uma forte onda, durante uma ressaca no mar de São Conrado, atingiu a ciclovia de baixo para cima e derrubou um trecho. Depois foram feitos os reforços na estrutura, conforme determinado pela Justiça. No começo deste mês, houve o deslizamento de terra e árvores da encosta da Niemeyer, o que empurrou a ciclovia, em outro trecho, em direção ao mar.

"O Rio de Janeiro todo acompanhou que ela foi (bem) calculada e, no princípio, achava-se muito remota a chance de uma onda levantá-la e parti-la. Isso ocorreu. Depois foram contratados novos engenheiros e peritos, que também acharam muito remoto haver uma tempestade com ventos de 110 km/h e mais de 85 mm/h de chuva e um deslizamento enorme pegá-la horizontalmente e jogá-la no mar. Ocorreu também. Há hipótese, por exemplo, de um helicóptero cair em cima dela. Então nós vamos criar uma cobertura de aço para protegê-la? São hipóteses remotas, que a gente acaba não considerando, até porque as pessoas acham que é sobrepreço ou superfaturamento. Como a ciclovia está numa área de risco, é bom a gente consultar a população. Uma consulta popular, um plebiscito, talvez seja o indicado", afirmou.

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