Um Projeto de Lei, do deputado Rosenverg Reis (MDB) começa a tramitar na Alerj. Em pauta, o fim das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPP), implementadas no governo do ex-governador Sérgio Cabral. A ideia, segundo a proposta, é fazer cerca de nove mil policiais, destacados paras as bases instaladas nas 38 unidades criadas, voltarem a patrulhar nas ruas.
O deputado estadual Luiz Paulo (PSDB) acredita que o projeto nem deveria ter sido implantado.
"Quando a UPP estava na 'crista da onda' e o Beltrame (ex-secretário de Segurança) era quase um herói do Rio e Cabral era aplaudido, eu já me posicionava de forma crítica. Mas o tempo passou, os projetos se revelaram para a sociedade e as UPPs vieram abaixo. Mesmo assim, o Poder Legislativo não pode determinar um governador que acabe com a UPP. Não foi criada por lei e sim por decreto. O governador que pode revogar. Está aqui sendo votado em primeira, teremos ajustes, eu mesmo irei propôr emendas. mas o Witzel que tem rever isso. O projeto é inconstitucional de 'cabo a rabo'. Não sei se a Alerj vai aprovar", disse Luiz Paulo.
Já o petista Waldeck Carneiro questiona a política de segurança implementada à época.
"Não cabe o legislador a criar ou vetar o UPP, mas sim discutir o que poderia ter representado esse dispositivo. Havia essa expectativa que as UPPs pudessem ser uma mudança na política de segurança, mas o que se viu foi o aumento da violência. E teve muito mais interesse em blindar a cidade no período dos grandes eventos esportivos que aqui tivemos, onde muitos criminosos migraram para outros locais. Continuamos a ter essa política violenta de matar negros, pobres, policiais e a juventude popular. Aqui vamos debater sobre o que poderia ter sido representada essa política de segurança", disse.