O mês de agosto é dedicado à campanha da Conscientização a Esclerose Múltipla (EM). Estima-se que 40 mil pessoas vivem com a doença no Brasil. Portanto, o objetivo principal do “Agosto Laranja” é disseminar a importância do diagnóstico precoce para iniciar um tratamento eficaz. A esclerose múltipla é uma doença autoimune do sistema nervoso central que afeta, principalmente, jovens e adultos, com idades entre 20 e 40 anos. Ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca a substância que reveste as fibras nervosas, prejudicando a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. O neurocirurgião Orlando Maia explica que os sintomas podem variar bastante e incluem fadiga extrema, dificuldades de mobilidade, problemas de visão e alterações cognitivas, dentre outros.
O especialista destaca que os sinais iniciais mais comuns são: formigamento, dormência, dor, ardor e coceira nos braços, pernas, tronco ou face e, algumas vezes, uma menor sensibilidade ao toque e rigidez muscular. Além disso, a visão central pode ser prejudicada, se tornar turva ou pouco clara. Já a visão periférica é menos afetada. A marcha e o equilíbrio também podem sofrer alterações.
“A esclerose gera algumas sensações momentâneas como, quando ao inclinar o pescoço para a frente, a pessoa sente um formigamento que desce pelas costas, pernas, a um braço ou a um lado do corpo. É o chamado sinal de Lhermitte, que pode desaparecer ao endireitar o pescoço”, ressalta Orlando.
Orlando Maia, Neurocirurgião. Foto: Divulgação
Infelizmente, a doença não tem cura, mas existem tratamentos que podem ajudar a controlar os sintomas, retardar sua progressão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A abordagem terapêutica varia dependendo do tipo e da gravidade da esclerose, bem como das necessidades individuais de cada paciente, podendo incluir medicamentos para reduzir a inflamação, terapias de reabilitação, suporte emocional e até mudanças no estilo de vida.
A causa exata da Esclerose Múltipla ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que envolva uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Pesquisas continuam em andamento para descobrir mais sobre os mecanismos da doença e desenvolver abordagens mais eficazes para o tratamento e prevenção.