Estados do Nordeste aceleram processo de transição energética. Nesta segunda-feira, foi assinado um memorando entre o Consórcio dos governadores do Nordeste e o Banco Mundial, para desenvolver projetos de geração de fontes de energias limpas. O governador da Paraíba e presidente do Consórcio Nordeste, João Azevêdo, destacou o potencial da região para o desenvolvimento de energias limpas.
Uma das apostas está no desenvolvimento do hidrogênio verde, que é o hidrogênio obtido por meio de fontes que não emitem gás carbônico na atmosfera. Ele pode ser usado para conversão em eletricidade ou combustíveis sintéticos. O memorando também buscará oportunidades em projetos de energia eólica e solar, preservação da caatinga e investimentos em água e saneamento.
Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem de Gésio Passos, da Rádio Nacional, sobre a negociação entre o Banco Mundial e o Consórcio Nordeste para desenvolvimento de energia limpa.
O diretor do Banco Mundial para o Brasil, Johannes Zutt, disse que a instituição vai compartilhar experiências de outros países para fortalecer a transição energética do nordeste.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteve presente no evento e destacou que o Programa Nacional do Hidrogênio traz perspectivas de desenvolvimento dessa fonte de energia para os próximos três anos.
De acordo com o ministro, essa parceria fortalece as políticas públicas já desenvolvidas pelo Governo Federal. “O Ministério de Minas e Energia já vem desenvolvendo políticas para o desenvolvimento do hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil. Esse acordo é mais uma oportunidade para que tenhamos uma maior segurança energética no Brasil, para novos empregos e para a descarbonização da indústria e dos transportes”, disse.
Alexandre Silveira também reforçou que o Plano de Trabalho Trienal 2023-2025 do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) traz perspectivas positivas para o desenvolvimento da economia do hidrogênio no Brasil fazendo com que o país se consolide como o maior e mais competitivo produtor de hidrogênio de baixa emissão de carbono da América Latina até 2035.
“Estamos empenhados e vamos equilibrar o desenvolvimento, com frutos sociais, gerando emprego e renda, aliado à importante agenda da sustentabilidade. Já enviamos para o Congresso o projeto do Combustível para o Futuro e estamos empenhados na regulação do hidrogênio verde. Vamos construir, em conjunto com o governo, instituições e empresas, caminhos para alcançar este objetivo, com segurança de contratos, previsibilidade, planejamento e credibilidade para atrairmos novos investimentos”, destacou o ministro Alexandre Silveira.
Fonte: RadioAgência Nacional e Ministério das Minas e Energia