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Lula consegue autorização para ir ao velório do neto

Menino tinha 7 anos e morreu de manhã na última sexta

Por Leonardo Pimenta em 02/03/2019 às 22:37:17

Foto: arquivo pessoal

O ex-presidente Luiz Inácio da Silva esteve, na manhã deste sábado (02), no velório e na cerimônia de cremação do corpo do seu neto, Arthur Lula da Silva, de sete anos, que morreu na última sexta (01), no Hospital Bartira, da Rede DOR São Luiz, no ABC Paulista em São Paulo, vítima de meningite meningocócica. O menino havia chegado ontem ao hospital às 7h20 e apresentava um quadro instável, porém o quadro infeccioso de meningite meningocócica se agravou e a criança veio a falecer horas depois, às 12h11.

Lula, que está preso na Polícia Federal, em Curitiba, tinha conseguido da Justiça Federal do Paraná, com base na Lei de Execução Penal, a autorização para que fosse ao velório e à cerimônia de cremação do corpo do menino, realizados no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo.  

O ex-presidente saiu do prédio da Polícia Federal, em Curitiba, às 7h deste sábado (02), num avião monomotor cedido pelo governo do Paraná, e chegou ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, às 8h30. De lá, seguiu de helicóptero e depois de carro para o cemitério em São Bernardo do Campo, onde chegou com escolta policial, por volta das 11h, sob gritos e acenos de simpatizantes.

A sala em que foi velado o corpo do pequeno Arthur estava repleta de flores, enviadas por membros da família, amigos, sindicatos, políticos, inclusive por Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Lula, extremamente emocionado, pôde circular pela sala principal e pela adjacente, mas apenas a família e alguns amigos tiveram acesso ao ex-presidente dentro crematório. 

Compareceram ao velório, entre outros, a ex-presidente Dilma Roussef, Fernando Haddad, o governador da Bahia, Rui Costa, Aloizio Mercadante, Alexandre Padilha, Benedita da Silva, Carlos Zarattini, Clara Ant, Eduardo Suplicy, Eleonora Menicucci, Emídio de Souza, Gilberto Carvalho, José Genoíno, todos do PT, além de Ivan Valente e Guilherme Boulos, do PSOL. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, tinha estado no velório na noite anterior.

Para “preservar a intimidade da família e garantir não apenas a integridade do preso, mas a segurança pública”, a Polícia Federal manteve, sob sigilo, as informações sobre a segurança e o deslocamento do presidente para São Paulo, assim como proibiu o registro de imagens, vídeos e áudios durante a cerimônia.   

Cerca de duas horas depois, escoltado por agentes federais e policiais militares, Lula deixou o cemitério e retornou para o Paraná, seguindo de helicóptero até o aeroporto de Congonhas e depois de avião para Curitiba. Ao todo, foram 275 policiais militares que participaram dessa operação de escolta.

Apoio nas redes

A ex-presidente Dilma Roussef emitiu seu pesar sobre a perda do neto de Lula em uma rede social.

"Minha imensa solidariedade, a @LulaOficial e sua família, face à imensa dor que se abate, hoje, sobre eles. Meu pesar pelo falecimento de Arthur, neto querido e filho amado, vítima de meningite, aos 7 anos. Uma criança maravilhosa. Meu abraço cheio de força, carinho e afeto a Marlene e ao Sandro. Nessa hora de tragédia e de dor, desejo serenidade e paz à família de Lula para enfrentar tamanha perda. ", disse Dilma no Twitter.

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffman, também se solidarizou com a perda da família, através de um post em uma rede social: 

“Presidente Lula perdeu seu neto hoje. Que tristeza. Arthur tinha 7 anos e foi vítima de uma meningite. Força presidente, estamos do teu lado, sinta nosso abraço e solidariedade. Força à família, aos pais Sandro e Marlene. Dia muito triste.”

O Partido dos Trabalhadores, em nota, disse que o “partido está solidário com o presidente Lula e sua família, neste momento de dor em que ele perdeu, de forma dramática, o querido neto Arthur, de apenas 7 anos.

 É mais uma tragédia pessoal que o atinge, em meio à perseguição política e à farsa judicial de que ele é vítima. A dor de Lula é compartilhada por cada militante do PT e pelos milhões de brasileiros que o reconhecem como o presidente que mais combateu a fome e a mortalidade infantil, com programas sociais, de saúde e geração de renda. O presidente que defendeu a vida e um futuro melhor para nossas crianças.

Lula não merece estar preso, porque provou sua inocência diante de todas as acusações falsas que lhe fizeram. Lula tem o direito de compartilhar com seus familiares, o filho Sandro e a nora Marlene, o luto pela morte do pequeno Arthur.

Muita força, companheiro Lula. Que Deus o abençoe.”

Meningite meningocócica

A meningite meningocócica é uma doença altamente contagiosa, causada por uma bactéria que, se alojada entre as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, provoca uma inflamação desse revestimento.

Seus sintomas principais são febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos, dor na nuca, aparecimento de manchas roxas na pele, confusão mental, falta de apetite, sonolência, agitação e sensibilidade à luz.




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