Danças ritualísticas, momentos de transe e uma cenografia tribal do negro africano louvando seus orixás e pedindo uma excelente colheita do "fruto sagrado" (o café) foram os motes do desfile da Império da Tijuca. O Vale do Café, na cidade de Vassouras/RJ, no interior do Rio de Janeiro, foi mostrado como de suma importância para o desenvolvimento do estado. A dor e o sofrimento dos escravos que trabalhavam na lavoura cafeeira foram contados na Sapucaí.
O segundo carro alegórico trouxe a ostentação e a fé exercida na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, localizada na Praça Barão de Campo Belo, em Vassouras. A Festa do Divino, manifestação folclórica ligada ao catolicismo, é representada numa das alas do desfile. Em antítese aos componentes da bateria, fantasiados de "Anunciantes da Folia", a rainha de bateria, Laynara Teles, veio como "Diaba" na avenida.
Terceira porta-bandeira da escola tijucana, Raiara Monier explicou que sua fantasia representou o cantor Cazuza. “Ele é ícone de uma geração e foi criado no Vale do Café", contou, completando que "a emoção estava a mil".O jongo, a festa junina, a folia de reis e a festa do peão boiadeiro foram apresentados em alas da escola de samba. O último carro alegórico, "O Progresso do Vale do Café", na região sul fluminense do Estado do Rio, elevou a universidade de Vassouras como uma das provedoras desta evolução, trazendo a estação ferroviária mais importante da localidade.