A Polícia Rodoviária Federal divulgou o balanço dos acidentes nas rodovias federais do Rio de Janeiro durante o feriadão de Carnaval. No período de 1 a 6 de março foram contabilizados 68 acidentes, com 84 feridos e 6 mortes, números considerados positivos para o Estado pelo coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, comparados com o ano anterior. O mesmo ele não diz em relação ao restante do país.
As estatísticas indicam redução de casos no Rio de Janeiro. Em 2018, a PRF registrou no Rio de Janeiro 107 acidentes no período de Carnaval, 39 a mais do que nesse ano. Em relação aos efeitos desses acidentes nas estradas federais fluminenses, o Carnaval 2019 contabilizou 136 feridos e 6 mortos.
“??Os dados são positivos com relação ao estado do Rio de Janeiro. Vai ter sempre algumas oscilações, dependendo do tipo de acidente. Até um acidente com ônibus muda as estatísticas no Estado, com a malha Rodoviária Federal restrita, como é o Rio de Janeiro. Mas, de qualquer forma, a Polícia Rodoviária Federal tem feito um bom trabalho e este ano está contando com ajuda da Força Nacional, o que é mais positivo”, disse Rizzotto.
Problema grave em outros estados
O coordenador do SOS Estradas considera importantes as campanhas educativas promovidas pela PRF. Porém, para ele não são suficientes:
“Pelo levantamento que nós fizemos agora, do total de mortos nas rodovias, considerando as federais e as estaduais – só dados de nove estados – nós tivemos 148 mortos na pista e quase dois mil e duzentos feridos. No caso dos feridos, ainda faltam os dados de 19 estados federais”.
Para Rizzotto, a educação de motoristas não resolve o problema em curto prazo:
“Precisamos dar estrutura para as autoridades poderem fazer fiscalização e punir os infratores. Porque os infratores são potenciais assassinos. Principalmente os que são flagrados dirigindo alcoolizados, dirigindo sob efeito de drogas ou andando em velocidade completamente incompatível com a via, fazendo ultrapassagens em locais perigosos, sejam de veículos leves quanto pesados”, disse.
Rizzotto não descarta a educação de motoristas infratores. Mas ele lembra que todos aqueles com carteira de habilitação sabem e conhecem a legislação de trânsito. “Até os pedestres sabem. Quanto mais, os habilitados”, concluiu.