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IBGE divulga pesquisa sobre rendimentos das mulheres

O estudo analisou as diferenças do rendimento médio entre mulheres e homens em grupamentos ocupacionais

Por Alexandra Silva em 09/03/2019 às 00:20:06

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas divulgou hoje, o resultado do estudo – Diferença do rendimento do trabalho de mulheres e homens nos grupos ocupacionais - PNAD Contínua 2018 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O estudo analisou as diferenças do rendimento médio entre mulheres e homens em grupamentos ocupacionais. A análise também levou em consideração os fatores nas diferenças entre os sexos, além, da cor, raça, idade e nível de instrução. Em relação à idade, o estudo pesquisou pessoas com idade entre 25 a 49 anos. E mesmo estando em número maior e ocupando cargos semelhantes as mulheres continuam ganhando em média 20% menos que os homens.

Os dados mostram que nesse grupo de pesquisa, o rendimento médio das mulheres no mercado de trabalho com idade entre 25 e 49 anos de idade, recebem em média R$ 2.050, o que equivale a 79,5% do valor recebido pelos homens que é de R$ 2.579. Considerando a cor ou raça, a proporção de rendimento médio da mulher branca recebe em média 76,2%, era menor que essa razão entre mulher e homem de cor preta ou parda que é de 80,1%.

Outro aspecto avaliado é a diferença do rendimento de mulheres e homens, segundo grupos etários diferentes. O estudo mostra que há uma tendência na queda do rendimento da mulher em razão do aumento da idade. Os grupos foram divididos em três faixas etárias: 25 a 29 anos, 30 a 39 anos e 40 a 49 anos de idade. Neste último grupo, o rendimento médio da mulher é de R$ 2.199 e o do homem, R$ 2.935 representando respectivamente 37% e 59,0% da renda no Brasil.

Aspectos Raciais

A análise observou que o rendimento médio da população trabalhadora de cor negra corresponde, em média, a 60,0% da população branca. Um aspecto que chama a atenção é que comparando dentro do mesmo grupo étnico, as mulheres negras tem rendimento melhor que as brancas, embora, ganhem menos. E ainda dentro deste aspecto racial, o estudo mostra que as mulheres, sejam elas negras ou brancas, têm rendimento inferior ao dos homens da mesma cor.

Nível de Escolaridade

A pesquisa mostrou que o nível de instrução das mulheres entre 25 a 49 anos tem aumentado ao longo da série em relação aos homens, analisando grupos com baixa ou nenhuma instrução até pessoas com nível superior completo. Em 2012, 13,1% dos homens ocupados tinham o ensino superior, passando para 8,4% em 2018, entre as mulheres, essa estimativa foi de 16,5% para 22,8%.  Ainda em 2018, o rendimento médio mais baixo, segundo o nível de instrução, era o da mulher do grupo sem instrução e fundamental incompleto (R$ 880), enquanto o mais elevado era recebido por homens de nível superior completo (R$ 5.928).

Grupos Ocupacionais

Dentre todos os grupos ocupacionais, as mulheres recebem em média menos que os homens, mesmo estando em maior número em alguns cargos. Os maiores rendimentos médios ocorreram nos grupamentos dos diretores e gerentes, no dos profissionais das ciências e intelectuais e entre membros das forças armadas.  Segundo o estudo, mesmo com nível de escolaridade maior que os homens e ocupando cargos de gerência ou diretoria, os homens ganham em média R$ 6.216, enquanto a mulher ganha R$ 4.435.

Outros aspectos levados em conta sobre o menor rendimento das mulheres é em relação a jornada de trabalho que mostra um número inferior de horas trabalhadas durante a semana. Segundo a pesquisa, em média, o homem trabalha 42,7 horas, enquanto a mulher  trabalha 37,9 horas, o que acarretava cerca de 4 horas a menos na jornada semanal da mulher em 2018.

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